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Secretário tem acesso a gravação que aponta suposta armação em denúncia de assédio na OAB/PB

O secretário geral da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), Assis Almeida, teve acesso a gravação que demonstra que Raoni Vita (vice-presidente da OAB), e Tainá Freitas (Tesoureira da OAB) estão envolvidos na trama da denúncia de assédio na OAB-PB. 

Segundo ele, a gravação foi feita por Raoni, no seu próprio Escritório, no qual Tainá já havia trabalhado, presentes a ex-funcionária da OAB Lanusa do Monte e a advogada Edith Christina. O áudio e a degravação foram anexados aos autos da queixa-crime promovida pelos referidos diretores contra Edith Christina (Nº0800089-77.2018.8.15.2002 – Juizado Especial Criminal de João Pessoa). 

Na surpreendente gravação, os citados diretores estimulam Lanusa a promover a acusação, mesmo depois desta confessar que ainda “precisava encontrar alguma prova do assédio” contra o Secretário. 

Os preparativos para a falsa acusação de assédio 

Antes dessa gravação, Raoni e Tainá já vinham fazendo movimentos para tranquilizar Lanusa do receio por ela manifestado de que poderia ser demitida após a acusação de assédio. 

Prepararam uma “Resolução da Diretoria” que tinha o objetivo de encorajá-la à denunciação do assédio. 

24.10.2016: Reunião da Diretoria do Conselho da OAB em que a diretora tesoureira anunciou que iria apresentar na próxima reunião minuta de resolução da diretoria para estabelecer “Critérios para formas de aquisição, realização de obras e contratações de serviços” da Seccional. 

 21.11.2016. Reunião da diretoria em que a minuta é apresentada, trazendo uma surpresa, qual seja, a de que doravante o presidente e o secretário não poderiam mais admitir e demitir funcionário, mas a diretoria, composta pelos adversários políticos de Paulo Maia e Assis Almeida (Raoni, Tainá e Rogério Cabral). Confiram a mudança sugerida: 

“A admissão e a demissão de funcionários pelo Conselho Seccional da Ordem dos Advogados da Paraíba deve ser decidida pela Diretoria da OAB/PB.” 

Diante daquela esperteza, o secretário geral pediu que o assunto fosse analisado na próxima reunião, mas não mais foi trazido à tona porque o Conselho Federal “botou água na fervura”, pois a admissão e demissão de funcionário nunca coube às diretorias das Seccionais. 

Portanto, sete dias antes da acusação da denunciante, que sucedeu no dia 28.11, a Tesoureira e o Vice-Presidente da OAB/PB já criaram o antídoto para encorajar a acusadora, predispondo-a à denunciação caluniosa, pois estaria preservado o emprego dela e garantida a vingança de todos. 

Os incentivos diretos para a realização da denúncia do assédio 

Confiram as degravações dos diálogos gravados no escritório profissional de Raoni Vita, nas quais se pode deduzir, que tanto ele quanto Tainá Freitas açulavam Lanusa a formular a acusação de assédio: 

RAONI. “… E eu disse que ia ver com Rogério e com Tainá que agente pode fazer administrativamente pra resolver essa situação… 

RAONI. “Parece que hoje tem sido feito assim, ele admite e demite…Tem sido assim…Mas aí tem duas situações, né? Uma coisa é a questão do vínculo empregatício, outra coisa é a denúncia que você fez lá da situação com ele, do assédio que ele cometeu… 

RAONI. Olha só Lanusa… É… Em relação a parte administrativa, tanto eu quanto Tainá e quanto Rogério vamos fazer o possível para lhe resguardar, certo? 

RAONI. ….. vai sair uma decisão se Assis pode fazer isso sozinho, ou se a gente vai fazer isso em diretoria… Eu acho que a gente vai passar a adotar isso em diretoria. 

RAONI. Com relação da parte do assédio, eu acho que é uma questão pessoalíssima… E o que eu posso dizer de mim e que Tainá tem o mesmo posicionamento é que a gente vai garantir que não haja retaliação pra você 

RAONI: …..eu pelo menos lhe garanto que você não vai ser retaliada por questões pessoais mesmo ou por que em determinado momento Assis tá brigado comigo ou Paulo está brigado comigo” 

RAONI: …. Mas não precisa ser na sala dele, né? Pode ser em Tainá, que é um lugar mais isolado, não tem assessor… 

RAONI: E essa história de que o povo tem receio e que tem medo dele, é por que ele quer pintar essa imagem, ….Ele não tem esse poder todo que ele vende não… 

LANUSA: O que eu quero é só resolver… Assim, a minha preocupação é que eu preciso ter provas também, né? 

LANUSA: Ele vai entrar com um processo contra mim… 

TAINÁ: Não, mas principalmente quando é a portas fechada, né? 

RAONI: Mas investigação não é processo, né? É uma investigação… 

RAONI: De repente quando você fosse conversar com Paulo era melhor você ir com ele (o marido)… Pra mostrar a seriedade do negócio, pra mostrar que está prejudicando a sua família, que está prejudicando o seu lar… 

RAONI: O que eu concordo é que de fato deve haver um encaminhamento pra solução antes das férias dela e que ela tomasse as medidas que ela quer tomar antes de entrar de férias… 

Os construtores do assédio 

Assis Almeida disse que “ficou bem claro o incentivo criminoso realizado por Raoni Vita e Tainá Freitas, integrantes do grupo de Carlos Fábio, no sentido da formulação da acusação, mesmo depois de a caluniadora haver afirmado que NÃO detinha qualquer prova do assédio”. 

“Desses diálogos conclui-se facilmente que se cuida de uma farsa criminosa, planejada, estimulada e debatida no escritório de Raoni Vita, colega de escritório de Carlos Fábio. E por questão eleitoreira, sem dúvida, tanto que o grupo reeditou e patrocinou, à véspera da eleição, a torpe farsa, fruto de conspiração de seus aliados, já processados por calúnia e denunciação caluniosa”, disse Assis. 

O secretário acrescenta que “os golpistas se utilizam de pessoa que, enlouquecida pelo desejo de vingança, vem sendo preparada para servir de instrumento à sanha política de quem não se importa, porque não possui o menor caráter, de realizar uma tão vil acusação contra a honra e imagem alheias, mesmo depois de a denunciante declarar a eles mesmos que não detinha qualquer prova do assédio e da Polícia Federal concluir, depois de intensa investigação, pela inexistência de um só indício da falsa acusação”. 

“Verdadeira conspiração arquitetada por verdadeiros meliantes, em conduta ainda constitutiva de flagrante desespero eleitoral. É esse grupo quer gerir a Ordem dos Advogados do Brasil”, concluiu o secretário.

PB Agora

 


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