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Sebrae realiza workshop para orientar paraibanos a inovarem seus negócios

Com o objetivo de orientar empresários paraibanos sobre conceitos e práticas de inovação em produtos, serviços, processos, marketing e na gestão empresarial, o Sebrae Paraíba realiza durante esta semana o ‘Workshop Como a Pequena Empresa Pode Lucrar com a Inovação’. O workshop tem a duração de 4 horas e já levou a sua programação para a capital João Pessoa, no dia 14, e Campina Grande, dia 15. O evento vai atender ainda as cidades de Patos, nesta quinta-feira (16), e Sousa, na sexta-feira (17).

“Quando falamos em inovação o termo não só abrange a parte tecnológica, com sistemas de informática e máquinas. Tratamos a inovação nas empresas como um conceito mais amplo. O empresário vai descobrir que com práticas simples é possível se destacar e ser competitivo, independente do tamanho e do setor de atividade da empresa”, explica Fernando Ronaldo, gestor da Unidade de Acesso a Inovação e Tecnologia do Sebrae Paraíba.

A programação do workshop traz logo no início uma palestra interativa com respostas às principais perguntas das micro e pequenas empresas sobre inovação. A palestra é coordenada por Maurício Sant’Ana, engenheiro que há mais de 10 anos presta consultoria nas áreas de qualidade, administração industrial e reorganização de pequenas e médias empresas. O Sebrae/PB também aproveita o workshop para mostrar as soluções de inovação que a Instituição oferece.

O evento conta ainda com a apresentação de casos de sucessos de empresas e cooperativas de destaque no Estado, como a CoopNatural, que atua na produção e beneficiamento do algodão colorido da Paraíba, cuja presidente, Maysa Gadelha, foi uma das vencedoras do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2008. Outros casos relatados são os da Cachaça Serra Limpa, Cachaça Triunfo, Cerâmica São Jorge, Lanchonete Rockabilly, Laticínios Ísis, Sabão Kiusa e da indústria de confecções Kairós.

Inovar para melhorar

Raphael Bezerra é proprietário da lanchonete Rockabilly, localizada no bairro do Bessa, em João Pessoa. O estabelecimento é especializado na produção e venda de sanduíches e tem quatro sabores de maioneses (cenoura, azeitona, bacon e queijo) que se apresentam como o diferencial da marca.

A maionese que enchia de saliva a boca do clientes provocou uma crise no negócio. Em pleno período de férias, em fevereiro, clientes do estabelecimento foram infectados por um microorganismo, a salmonela, o que abalou a credibilidade da empresa. A lanchonete produzia as suas maioneses de forma artesanal, com ovo natural e limão, uma mistura que se não conservada de forma adequada pode ser ambiente de proliferação de bactérias. “O nosso mundo desmoronou. A imagem da lanchonete ficou manchada. A imprensa caiu em cima e tivemos um grande abalo”, relembra Raphael.

O empresário, no entanto, não desistiu do negócio. Procurou um auxilio técnico no Sebrae e com a orientação de uma profissional especializada em manipulação de alimentos implantou inovações na lanchonete. “As mudanças foram desde as pequenas até as maiores coisas. Investimos em maquinário para embalagens, em produtos para higiene dos funcionários e em treinamento do pessoal. Inovação também é isso. É buscar sempre melhorar o que se tem para apresentar um diferencial ou mesmo reconstruir uma imagem, como foi o meu caso”.

Hoje, a Rockabilly produz suas maioneses com ovo pasteurizado, industrial, que não apresenta nenhum risco de contaminação, e comercializa todos os sabores em potinhos lacrados individualmente, que conservam os sabores tão apreciados pelo público. “Com as consultorias implantamos também o serviço de entregas e estamos pensando em incluir no cardápio acompanhamentos para os sanduíches. Vamos trabalhar na divulgação das nossas mudanças, no marketing da empresa, e mostrar para a sociedade que nos reerguemos e que agora oferecemos um serviço de excelência. Com o turbilhão por que passamos, digo que estou amadurecido e que enfrento com mais confiança qualquer coisa”, conclui o empresário.

Dados revelam que no Brasil somente 1,7% dos empreendimentos iniciais e 0,7% dos empreendimentos estabelecidos usam tecnologias disponíveis há menos de um ano no mercado e que podem auxiliar nas atividades de uma empresa, gerando mais competitividade frente à concorrência.

Quando o assunto é lançamento de novos produtos no mercado o País mais uma vez cai no ranking mundial. A pesquisa aponta que somente 3,3% dos empreendimentos do Brasil têm capacidade de lançar produtos novos para os consumidores, ou seja, desconhecidos do público. As empresas analisadas, que conseguem oferecer aos clientes novidades nas prateleiras, se situam em sua grande maioria no campo da base tecnológica.
 

Assessoria

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