As casas lotéricas em atividade na Paraíba deverão ser obrigadas a instalar em suas entradas equipamentos de segurança (porta giratória com detector de metais) com o objetivo de proteger os seus clientes da ação dos marginais que cada vez mais vêm atentando contra a segurança da população, notadamente em ambientes onde circula grande volume de recursos financeiros. A obrigatoriedade nesse sentido está prevista no projeto de lei n° 1.690/2010, de autoria do deputado Ivaldo Moraes (PMDB), que tramita na Assembleia Legislativa do Estado.
“As casas lotéricas hoje funcionam como verdadeiras agências bancárias, e isso tem atraído, não somente a atenção, mas a ação de marginais que a cada dia intensificam a prática de violência contra os cidadãos que se utilizam desses estabelecimentos para fazer suas apostas nos jogos da Loteria Federal e também para pagar suas contas, que vão desde água, energia e telefone até faturas de cartões de crédito, muitas delas de alto valor monetário”, comenta o autor do projeto, salientando que a prática das ações criminosas por parte desses marginais é facilitada, nas casas lotéricas, pelo livre acesso que é possibilitado a toda e qualquer pessoas, sem qualquer critério de segurança.
A Paraíba, conforme enfatiza Ivaldo, possui uma quantidade enorme de casas lotéricas que possuem tão somente câmeras de segurança, e quase todas funcionam com as portas escancaradas, sem oferecer qualquer segurança aos seus clientes e a seus funcionários. Ele observa que as câmeras são importantes, mas servem apenas para disponibilizar para a Polícia as imagens dos atos delituosos com o objetivo de identificar e, posteriormente, prender os delinqüentes. “Quando há atentado contra a vida de clientes e funcionários, as imagens das câmeras não trazem conforto aos familiares e nem também às vítimas sobreviventes”, acrescenta o parlamentar.
Assessoria