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Prédios abandonados que foram ocupados por famílias correm risco de desabar em CG

Mais de 20 prédios abandonados entre públicos e privados ameaçam tombar ou desabar em Campina Grande, conforme aponta relatório da Defesa Civil da cidade. Alguns prédios antigos deixam expostos o perigo de desmoronamento. Eles estão com as estruturas comprometidas e todos precisam passar por reformas urgentes.

É o caso do Cine Capitólio, o Cassino El Dourado, entre outros. Porém, alguns deles abrigam famílias inteiras, que não têm onde morar, e resolveram se transferir para o local com intuito de se proteger da chuva e do sol. É o caso do antigo prédio da Delegacia Regional do Ministério do Trabalho, no centro da cidade. Eles moram no local sem nenhuma estrutura. A noite, a escuridão é enorme. A falta de água e energia, torna o prédio inadequado para receber moradores.

Segundo o coordenador da Defesa Civil, Ruiter Sansão, este prédio ainda está resistente, mas os perigos são também relacionados à insalubridade, e a questão social.

Alguns desses imóveis estão com as estruturas comprometidas e todos precisam passar por reformas urgentes. A defesa Civil está acompanhando a situação, mas relata que muitos desses imóveis pertencem a particulares, que não tem interesse de promover uma reforma.

Devido a ação do tempo, os prédios abandonados estão se degradando. Entre eles está o prédio em que funcionou o antigo Fórum Afonso Campos, no centro da cidade. Os armazéns da Estação Velha; o prédio em que funcionava o Ministério do Trabalho, na Rua João Lourenço Porto; e o imóvel em que funcionava a Escola Estadual de Enfermagem, no bairro São José, também figuram na lista. 

No ano passado, a Câmara Municipal de Campina Grande aprovou o requerimento de autoria do vereador Olímpio Oliveira, em que ele pede providências urgentes ao poder público para a requalificação e a ocupação dos vários prédios públicos abandonados existentes em Campina Grande.

Ele aponta ainda o prédio em que Funcionava a Faculdade de Comunicação, no bairro São José; e a antiga Central de Polícia, no bairro São José. “Isso não é bom para a saúde dos cofres públicos, pois o dinheiro que é pago, desnecessariamente, de aluguéis poderia ser aplicado em políticas públicas para a saúde, a assistência social e a educação”, argumentou o vereador. Segundo ele, esses imóveis públicos estão abandonados servido de “abrigo para marginais e usuários de drogas”.

O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Campina Grande (Crea) fez um levantamento e constatou que alguns prédios antigos oferecem risco a população, podendo desabar a qualquer momento. Segundo o inspetor do Crea, engenheiro Geraldo Magela, existem aproximadamente 60 prédios na cidade com risco de desabamentos o que representa perigo constante para quem mora, trabalha ou frequenta o local. Essse número supera dos dados da Defesa Civil.

São construções antigas que estão abandonadas, a maioria particular o que impede que o poder público faça intervenção. Algumas das edificações são tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), o que segundo o Crea, dificulta as reformas visto que estes prédios não podem ter a estrutura original modificadas. “Os órgãos já orientaram os proprietários do risco de desabamento. São prédios antigos, sem manutenção e os riscos são vistos a olho nu”, ressaltou Geraldo Magela.

De acordo com o engenheiro, o prédio que mais oferece risco a população está construído na rua João Suassuna. A edificação antiga de mais de 16 andares está com a estrutura comprometida.

 

Severino Lopes

PB Agora


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