Jornalista de Economia do Jornal do Commercio diz porque Governo de PE não abre contratações da Fiat para outros estados
O Jornalista especializado em Economia do Jornal do Commercio, Fernando Castilho, que assina a coluna JC Negócios, publicou artigo no qual diz os motivos pelos quais o Governo de Pernambuco não permite a contratação de mão de obra de fora para a fábrica da Fiat que está sendo instalada em Goiana. Segundo ele, justamente para não permitir contratações de outros estados o Governo decidiu restringir as contratações a 13 cidades pernambucanas.
Em seu artigo, intitulado “Tentando não repetir Suape”, o jornalista mostra que, quando da instalação do Estaleiro Atlântico Sul, em Suape-PE, um dos erros foi permitir a contratação de gente de fora, o que não vai ocorrer com a Fiat. “A frustração da população local foi inevitável a despeito de milhares de trabalhadores de fora estarem hoje no projeto. O mesmo aconteceu com a Refinaria e a Petroquímica Suape (também experiências novas para a Petrobras fora do Rio de Janeiro) e que precisou importar 85% da mão de obra”.
O jornalista afirma, também, que “o secretário de Trabalho e Emprego, Antonio Carlos Maranhão, acredita que o Estado tem a chance de não repetir, em Goiana, os erros de Suape em termos de organização da oferta de mão de obra e capacitação”. Segundo ele, a decisão tem o apoio da própria Fiat. “O parceiro Fiat ajuda”, afirmou.
Veja, na íntegra, o artigo, publicado no Jornal do Commercio:
Tentando não repetir Suape
O secretário de Trabalho e Emprego, Antonio Carlos Maranhão, acredita que o Estado tem a chance de não repetir, em Goiana, os erros de Suape em termos de organização da oferta de mão de obra e capacitação. O parceiro Fiat ajuda. Tem maior expetise em gestão de desenvolvimento urbano que suas unidades produzem, programa fazer da nova unidade uma referência e acredita que, ao partir na frente, poderá se antecipar aos problemas.
Isso não foi o caso do Estaleiro Atlântico Sul, um projeto que era tão ousado que se propôs a começar a construir um super petroleiro enquanto o próprio estaleiro era edificado. Não tinha mão de obra qualificada nem para um nem para outro, e a frustração de população local foi inevitável a despeito de milhares de trabalhadores de fora estarem hoje no projeto. O mesmo aconteceu com a Refinaria e a Petroquímica Suape (também experiências novas para a Petrobras fora do Rio de Janeiro) e que precisou importar 85% da mão de obra.
Maranhão, que está juntando o esforço de sete secretarias, 13 municípios, além da Fiat , acredita ser possível agir de forma mais articulada. Não será fácil, mas o governo ao menos listou os esquivos e traumas de Suape. Já é alguma coisa para começar.
Do Blog de Carlos Magno