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PB Agora destaca histórias e curiosidades da Fundação da Paraíba

Belas praias, paisagens exuberantes, praças, monumento, casarões, igrejas barrocas, o Parque Arruda Câmara (Bica), Parque Sólon de Lucena (Lagoa), e onde o sol nasce primeiro. Assim é João Pessoa que nesta quinta-feira (5), completou 436 anos. Com 223 municípios e uma população total de 3,7 milhões de habitantes. a Paraíba começou antes do descobrimento do Brasil, às margens do Rio Sanhauá, quando o litoral do atual território do estado era povoado pelos índios tabajaras e potiguaras. A província foi fundada no dia 5 de agosto de 1585, tornando-se estado com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.

Conforme os historiadores, a conquista da Paraíba foi um dos mais difíceis empreendimentos da Coroa Portuguesa”. Isso porque, anteriormente, existia a Capitania de Itamaracá e em 1574, ocorreu a tragédia de Tracunhaém, com a morte de todos os seus moradores, incluindo o senhor de engenho e os escravos.

Os assassinatos foram cometidos por tribos indígenas para vingar o desaparecimento de uma índia, raptada exatamente nesse engenho.

Depois desse episódio, o rei de Portugal D. João III desmembrou Itamaracá, formando a Capitania do Rio Paraíba. Até a conquista definitiva do território, houve cinco expedições, sendo que apenas a última foi vitoriosa.

Em meio a lutas e derramamento de sangue, a conquista definitiva somente foi possível após a união entre os portugueses e os índios tabajaras, que vinham do sul da Bahia, após décadas de migração pelo interior do Nordeste”.

A data era símbolo da bandeira paraibana até o ano de 1930, quando a Assembleia Legislativa aprovou a atual bandeira do “NEGO”, uma referência a oposição do ex-governador do Estado, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque à candidatura de Júlio Prestes, na conhecida política do “Café com Leite” – um revezamento entre os estados de São Paulo e Minas Gerais na Presidência da República.

O Feriado

O feriado estadual era previsto desde 1967 com a Lei nº 3.489, sendo ratificada em 2015 pela Lei Estadual nº 10.601/2015 como a data magna do Estado da Paraíba.

Apesar da bandeira paraibana não retratar mais a data simbólica, o brasão de armas do Estado ainda carrega o dia histórico.

Na capital paraibana, o feriado é alusivo ainda ao ‘aniversário municipal’, tendo em vista que o município de João Pessoa já nasceu com o título de cidade, inicialmente denominada Cidade Real de Nossa Senhora das Neves, sem nunca ter passado pela designação de vila, povoado ou aldeia.

Ao contrário do que muitos pensam, a data não se relaciona com o político João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque que nasceu em 24 de janeiro de 1878 e faleceu em 26 de julho de 1930.

A atual bandeira do Estado da Paraíba foi adotada em 25 de setembro de 1930, por meio da Lei Estadual n.º 704.

Em meio a grande comoção popular à época com o assassinato do então governador do Estado João Pessoa, que havia perdido o pleito presidencial na chapa com Getúlio Vargas para o candidato do governo (Júlio Prestes), a Assembleia Legislativa da Paraíba aprovou a nova bandeira do Estado, como também a substituição do nome da capital paraibana.

O governador paraibano, Álvaro de Carvalho, que substituiu o próprio homenageado após sua morte, considerando que a palavra “NEGO”, desacompanhada de qualquer explicação, seria incompreensível e um “grito de puro negativismo”, resolveu vetar o projeto do Legislativo, mas foi derrubado pela Assembleia, tornando-se então, lei.

Primeira constituição

Uma das curiosidades do Estado, diz respeito a primeira constituição estadual da Paraíba que teve vida curtíssima, com uma validade que durou pouco mais de quatro meses e que foi pensada, debatida, votada e promulgada em meio a ameaças de golpes e a incertezas políticas de toda ordem.

A primeira peça jurídica da Paraíba, assinada em 5 de agosto de 1891, nos anos iniciais da República, e que nesta quinta-feira (5) completa 130 anos de promulgada, ainda na época do Império. O imperador dom Pedro II governava o país com poderes absolutistas e, na Paraíba, tinha como auxiliar o governador Gama Rosa. Mas, simplesmente, não havia autonomia estadual, de forma que tudo era decidido pelo Governo Central e cabia ao gestor local apenas garantir que as decisões do monarca seriam cumpridas na província.

Para completar, a Paraíba, ao contrário de estados como o Rio de Janeiro, por exemplo, não possuía um movimento republicano bem articulado, não possuía uma pluralidade partidária ou clubes republicanos. Desta forma, todas as principais lideranças políticas, toda a elite, estava alinhada ao imperador. E isso traria consequências para os anos vindouros, quando a República fosse enfim proclamada, em 15 de novembro de 1889.

João Pessoa

Nascida de costas para o mar, ao contrário das demais capitais do país banhadas pelo oceano Atlântico, João Pessoa foi fundada no dia 5 de agosto de 1585, pelos colonizadores portugueses. Chamada de “Cidade Real de Nossa Senhora das Neves”, suas primeiras edificações foram às margens do Rio Sanhauá, um afluente do Rio Paraíba, hoje conhecido como Porto do Capim, no bairro do Varadouro.

A capital paraibana conta com um litoral de aproximadamente 24 quilômetros de extensão, divididos em nove praias de águas mornas e tranquilas. São elas: Bessa, Manaíra, Tambaú, Cabo Branco, Seixas, Penha, Jacarapé, Praia do Sol e Barra de Gramame. João Pessoa faz limite, ao norte, com Cabedelo, que possui atrativos turísticos como o pôr do sol do Jacaré, e ao sul com o Conde, que tem como destaque, as praias de Coqueirinho e Tambaba.

Segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, a Paraíba tem 223 municípios e uma população total de 3,7 milhões de habitantes.

SL

PB Agora

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