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Paralisação dos caminhoneiros chega ao 8º dia na PB após nova proposta do governo; Confira interdições

Os protestos dos caminhoneiros continuam na Paraíba. A paralisação chegou ao 8º dia nesta segunda-feira (28). Mesmo após uma nova proposta do Governo Federal, com mais medidas para a redução no valor do diesel, a categoria permanece com a greve e até a noite do domingo (27), havia 17 pontos de interdição em rodovias, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), sendo 15 por causa da paralisação e dois por obras.

 

Além de combustíveis nos postos, outros produtos como gás de cozinha já faltam nos estabelecimentos. Na cidade de Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, a prefeitura divulgou nota informando que não tem como fazer a coleta por falta de combustível.

 

Vários pontos da Capital, João Pessoa foram interditados no início da manhã, por motoristas que reivindicam mudança na política de preços da Petrobras, mas apenas o Terminal de Integração está fechado. Os portões estão fechados e ninguém consegue entrar ou sair do local. 

 

Antes os manifestantes tinham fechado o trânsito na Lagoa e Bancários.

 

Às 09h18 o trânsito foi liberado no Terminal de Integração.  Manifestantes bloqueando o cruzamento da Pedro II com Tabajaras.

 

O governo federal publicou no fim da noite deste domingo (27), em edição extra do Diário Oficial, as três medidas provisórias (MPs) prometidas pelo presidente Michel Temer (MP) aos caminhoneiros, que completaram uma semana em paralisação. No pronunciamento, feito mais cedo, Temer prometeu, entre outras coisas, reduzir em R$ 0,46 o preço do litro do óleo diesel nas bombas.

 

A primeira MP determina que 30% dos fretes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sejam feitos por caminhoneiros autônomos contratados por meio de cooperativas, associações ou entidades sindicais. A segunda medida trata da instituição da política de preços mínimos para o transporte rodoviário de cargas. A terceira MP prevê não cobrar a tarifa de pedágio sobre os eixos suspensos, quando os caminhões estiverem circulando vazios em rodovias federais, estaduais e municipais, concedidas à iniciativa privada.

 

Apesar do anúncio feito pelo governo, caminhoneiros continuaram protestando e bloqueando estradas pelo país na manhã desta segunda-feira (28). Uma das principais lideranças do movimento dos caminhoneiros, a Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) disse que “o objetivo inicial foi atingido” e que “até o final do dia vai haver uma redução significativa de caminhoneiros parados nas rodovias”. Segundo a entidade, “ainda não houve tempo hábil para que todos os caminhoneiros tomassem conhecimento da decisão tomada” na noite de domingo.

 

A redução no preço do diesel, uma das principais exigências da categoria, valerá por 60 dias. “Essa redução corresponde aos valores do PIS/Cofins e da Cide somados”, afirmou Temer. Inicialmente, o desconto duraria somente 15 dias, mas o governo decidiu atender a reivindicação dos caminhoneiros paralisados há uma semana pelo país.

 

Além disso, o governo disse que vai mudar a periodicidade dos reajustes do combustível. “A partir daí, daqui a dois meses, só haverá reajustes mensais. Assim, cada caminhoneiro poderá planejar melhor seus custos e o valor do frete. É a chamada previsibilidade”, disse Temer.

 

Temer disse que o desconto será concedido “sem nenhum prejuízo para a Petrobras”, o que indica que o valor será pago pelo governo, com dinheiro público. O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) estima que as concessões feitas pelo governo custarão em torno de R$ 10 bilhões ao governo.

 

Redação

 

 

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