O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo pediu que a área técnica do órgão faça uma auditoria no processo de privatização da Eletrobras para verificar se a arrecadação prevista para o Tesouro (R$ 12,2 bilhões) é condizente com o tamanho da empresa. O ministro também quer saber se o tempo em que o governo pretende concluir esse processo e as demais privatizações programadas para 2018 é suficiente para que o TCU as fiscalize adequadamente.
Vital do Rêgo lembrou que o governo quer finalizar neste ano 75 privatizações e concessões.
A privatização da Eletrobras será por meio de um aumento de capital mediante subscrição pública de ações, sem que a União acompanhe esse movimento. Assim, investidores privados pagarão para aumentar sua fatia na empresa.
“A estipulação de um valor mínimo de venda depende de estudos técnicos e financeiros relacionados à atividade da empresa, bem como a expectativa de lucro que ela pode gerar, entre outros parâmetros. Contudo, (…) em 30/9/2017, a estatal possuía R$ 171,35 bilhões a título de ativo total e R$ 46,83 bilhões de patrimônio líquido”, considerou.
A dívida bruta da Eletrobras no terceiro trimestre de 2017 era de R$ 44,7 bilhões, R$ 900 milhões a menos do que no mesmo período de 2016. No acumulado dos nove primeiros meses do ano passado, o lucro da estatal ficou em R$ 2,272 bilhões.
O Globo