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Paraibano de Lagoa de Dentro que se tornou vencedor como executivo diz que Brasil superará crise

Muitos são os paraibanos que se destacam nacionalmente pelo conhecimento e preparo que conseguem transmitir, mas nem todos são conhecidos ou até mesmo reconhecidos. Com o objetivo de contar um pouco da história desses nomes que fizeram e fazem a diferença, sendo essências para a economia, cultura, arte, saúde, e tantos outros ramos, o portal PB Agora inicia uma série de entrevistas para fazer jus a esses PARAIBANOS DE DESTAQUE.

Um desses paraibanos bem sucedidos e de expressão no mercado é o executivo Carlos Antônio Vieira Fernandes.

Natural de Lagoa de Dentro, no Brejo paraibano, Carlos Antônio percorreu uma jornada extraordinária antes de se tornar um executivo de sucesso e respeitado no mercado.

Em entrevista exclusiva ao PB Agora, Carlos Antônio Vieira falou de sua história, a carreira, a ascensão profissional. Com 42 anos no mercado, ele também apontou algumas dicas que podem ajudar o Brasil a superar crise e alavancar a economia nacional.

Para ele, o Brasil hoje está bem mais preparado para vencer a crise.

Trajetória de sucesso

A trajetória de Carlos começou a ser traçada no longínquo ano de 1969, quando ele deixou a cidade de Lagoa de Dentro rumo a João Pessoa sem ter noção que a história estava lhe reservando “voos” altos, e um futuro promissor. Seu pai era um produtor rural e a sua mãe funcionária dos Correios e Telégrafos.

Muita coisa mudou desde o dia em que ele saiu de sua terra para perseguir o sonho e se tornar um dos mais respeitados executivos do País. Em pouco mais de 40 anos, o país passou por profundas transformações políticas, sociais e econômicas. O advento da era moderna, a revolução tecnológica, e as transformações estruturais, encurtaram distância. A automação tomou conta das grandes fábricas e anteciparam o futuro.

O mundo definitivamente é outro. Em 1968 ele fazia um percurso de 120 quilômetros entre Lagoa de Dentro até João Pessoa em 10 horas, devido a péssima qualidade das estradas. Hoje, com o Estado revestido de uma boa malha rodoviária, esse mesmo trajeto é feito em apenas 1h20 minutos.

A mudança definitiva da cidade natal, no entanto, foi provocada pela reestruturação dos Correios. Como a unidade de Lagoa de Dentro foi fechada, seus pais tiveram que se transferir para a Capital. Alicerçado em uma base sólida, do ponto de vista dos princípios transmitidos por seus país, os chamados ensinamentos de “raiz”, Carlos começou a escrever os primeiros capítulos de sua história. O primeiro passo foi buscar conhecimento e investir nos estudos.

“O primeiro grande aprendizado que eu tive, foi que para uma pessoa que tinhas as características que eu tive de formação de família, não havia outro caminho, a não ser o dedicado ao conhecimento. E fazer do conhecimento o processo de alavancagem seja qual fosse a vida profissional que eu adotasse”

A busca pelo conhecimento como virtude

Ávido por conhecimentos, Carlos estudou inicialmente no Colégio Pole Valente Presidente Médici que era referência em João Pessoa. Por sua dedicação nas aulas, rigor e disciplina, ele ganhou uma bolsa para se tornar menor aprendiz no Banco do Brasil. A célula do sucesso estava nascendo. A semente foi então plantada nessa escola. Carlos ficou no BB de 1976 a 1979 e, posteriormente, estudou no Liceu Paraibano e depois em um colégio CPU que era vocacionado a preparar os alunos para o vestibular, até ingressar na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em 1981, onde cursou Economia e Ciências Contábeis. A chegada na universidade abriu um mundo de conhecimento e ele percebeu que havia um grande horizonte a ser desbravado.

A primeira grande conquista do paraibano foi a aprovação no concurso público da Caixa Econômica Federal, onde foi chamado logo, e se tornou funcionário de carreira da instituição. A ascensão dentro da Caixa foi meteórica. Em pouco tempo, ele se tornou gerente e foi trabalhar no interior desempenhando o cargo nas cidades de Areia, Alagoa Grande, Sapé, Bananeiras, o que o obrigou a abandonar alguns dos cursos superior. Ele ainda trabalhou em Bayeux e João Pessoa e se tornou superintende regional da CEF na Paraíba.

Paralelo ao trabalho, e ainda na perseguição aos sonhos, ele ainda cursou Estudos Sociais na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Guarabira (Fafig), hoje Centro de Humanidade da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). A graduação concluída foi a porta para ele enveredar no mundo da pós-graduação, e mergulhar na busca por novos conhecimentos.

Com larga experiência no mercado, Carlos ressaltou que a Caixa teve e tem um papel importante em ajudar a alavancar a economia da Paraíba. Como legado de sua gestão à frente da Instituição, ele citou as diversas frentes que ajudaram a desenvolver o Estado, seja no saneamento básico, na construção civil, e na parte empresarial com a implantação do crédito ao consumidor. Uma das operações nacionais que é a antecipação de fatura de cartão de crédito, foi idealizada pelo paraibano.

“Eu sempre entendi que o Banco tem um papel social, apesar de pouco compreendido. Toda grande sociedade desenvolvida tem nos bancos, os grandes alavancadores da economia. E não pode ser diferente na Paraíba”

Confira a 2ª parte da entrevista clicando aqui.

 

Severino Lopes
PB Agora

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