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OPINIÃO: para o G11, não basta ser aliado. É preciso ser governo e, para tanto, tem que participar…

Se porventura o governador João Azevêdo contava com o apoio incondicional do chamado G11, na Assembleia Legislativa, ou imaginou que este grupo daria sustentação política à sua gestão por simples encantamento com seus belos olhos, pode ir tirando o pangaré da chuva.

Pois bem, nobres senhores e belas damas – como diria Dom Pedro Diniz Ferreira-Quarderna, “o Decifrador”, personagem da monumental A Pedra do Reino, obra do grande paraibano, Ariano Suassuna: atentai-vos para as concisas e claríssimas declarações do deputado estadual Tião Gomes, um misto de porta-voz e articulador-mor do tal G11, que poderá chegar a G12-13-14… Declarações estas dadas à jornalista Eloise Elane, em entrevista concedida menos de 48 horas após consolidado o rompimento político de João Azevêdo com Ricardo Coutinho, mas só agora revelada pela coluna.

Atentem bem, para o que disse Tião:

“Sou do Avante. Criamos o G11. Queremos apoiar João Azevêdo, queremos fazer por João, queremos dar governabilidade a João. Agora, é preciso que o governo queira ser a gente, também… Não é só ser governo e não ter mão dupla. Nós queremos mão dupla.

“Esta não é uma oportunidade para apenas nós, do Avante, termos espaço no Governo de João; não é só o Avante, mas o G11. Porque nós somos o diferencial aqui na Assembleia Legislativa… Nós queremos ajudar a administrar. Não queremos apenas votar nos projetos do governo, ou ter um empregozinho aqui e acolá. Nós queremos participar do Governo. E até agora não participamos…

Cargo? Não é tão importante, mas tem que ter. Seria hipócrita dizer que não queremos.
Nós queremos, efetivamente, é ser governo. E, para ser governo, temos que participar do governo. Nós temos bons nomes na nossa bancada. Todos. Temos pra todo gosto. Nós precisamos estar dentro do governo; e nós não estamos dentro do governo…
“Temos um grande líder, que tem futuro, Adriano Galdino, um cara centrado. A Assembleia hoje é outra Assembleia; melhorou substancialmente. O relacionamento entre os colegas é um relacionamento tranquilo, não tem briga não tem confusão, todos entendem o outro. Cada um tem sua posição. Por quê? pelo presidente que temos.

“Adriano é todo nosso. Nós que o elegemos. Nós impusemos Adriano contra João Azevêdo e contra Ricardo Coutinho. Então, temos Adriano, acreditamos nele, e nós achamos que precisamos ter espaço no governo.

“Nós temos 11 deputados, todos qualificados, que temos pensamentos em nossas regiões: que nossas regiões sejam ouvidas; que nós possamos discutir o que queremos para as regiões que representamos; o que podemos fazer; qual o destino do governo, quais obras nas regiões.

“O Governo é quem tem que chamar a gente pra conversar. Precisamos ter essa abertura e dialogar. Se não dialoga com todos, mas pelo menos com um representante do nosso grupo. Poderia ser cem por cento Adriano Galdino, esse intermediário. Adriano representa o nosso pensamento.

“Ricardo Coutinho foi um grande governador, ninguém pode deixar de desconhecer. Agora, nós nos separamos quando ele escolheu Hervázio para ser presidente da Assembleia em detrimento do meu nome. Nós divergimos, e eu escutei uma conversa muito interessante de Ricardo: Tião, o meu projeto não é o seu projeto. Então, eu não era o projeto dele; o projeto dele era Hervázio. Então estou muito a vontade nessa questão política, porque me conduzo bem.”

Cai o pano

 

Wellington Farias

PB Agora

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