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Opinião: já passou da hora de abrir a caixa preta do setor de transporte público de JP

Desde sempre, há uma suspeita dos pessoenses acerca de uma suposta relação incestuosa do setor de transportes públicos com a Prefeitura de João Pessoa. Provavelmente, não há outro segmento tão bem aquinhoado com a contemplação do poder público como o de transportes.

As empresas de transportes públicos em João Pessoa sempre fizeram e fazem o que querem, além de manter, sob sua rédea, alguns dos principais meios de comunicação do Estado. Já trabalhei em vários deles e, em quase todos, era rigorosamente proibido fazer qualquer menção negativa sobre os péssimos serviços do transporte público da Capital.

O quero, mando e posso do setor de transportes públicos sempre prevaleceu em todas as gestões. Em algumas delas, a coisa descambou para a falta do bom senso e, até, desrespeito com a população. Pasmem vocês: na gestão do então prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, o setor de transportes públicos foi premiado com a imoral concessão antecipada de 20 anos, para a exploração da prestação dos serviços.

Em todas as outras gestões, os empresários do ramo sempre impuseram suas vontades na fixação das tarifas. Além disso, o poder público jamais teve força para exigir o mínimo de contrapartida em benefício dos usuários, de modo que o pessoense sempre padeceu de ter de pagar um transporte caríssimo para usufruir de um péssimo serviço. Em pleno século XXI, o povo de João Pessoa ainda anda em ônibus sucateado, espremido feito sardinha, sob uma sensação térmica de, no mínimo 40º, sem que haja, sequer, um micro ventilador e muito menos ar-condicionado. A propósito, já existe a lei que exige a instalação de condicionador de ar nos transportes coletivos, mas nunca se cumpriu. Por quê?

Apesar de serem atendidos em todas as suas demandas, em detrimento das reivindicações dos usuários, o empresário do setor de transporte público jamais teve consciência de que é preciso oferecer o mínimo de conforto aos seus usuários. E agora, pelo que se desconfia, a partir do que foi amplamente noticiado na mídia, como se não bastasse, o empresário tem a seu serviço até as entidades representativas de seus trabalhadores. Esta semana houve uma paralisação dos coletivos em João Pessoa que se supõe resultado de uma articulação do empresariado junto com as lideranças sindicais trabalhistas.

Desde então, o pessoense anda desconfiado de que vem aumento de tarifa por aí. E o mais grave, de que o prefeito Luciano Cartaxo vai autorizar. Afinal, na atual gestão, chegou-se a conceder dois aumentos de tarifas em um só ano.

Bolsonarista

O deputado federal Julian Lemos (PSL) promete que vai escrever um livro sobre a sua meteórica ascensão político-partidária, contando, sobretudo, o período em que surfou triunfalmente na onda bolsonarista, tornando-se parlamentar do dia para a noite.

A intenção de escrever o livro foi manifestada durante entrevista na Rádio Jovem Pan, de São Paulo. Na ocasião, ele disse que tem arquivos guardados que são dignos de registro em livro e de testemunho para os seus filhos e netos.
O livro deve ficar muito interessante, até porque, deve explicar como Julian Lemos em menos de 10 meses despencou da condição em que garantia ser um dos homens mais fortes da República à de traidor da causa bolsonarista, segundo avaliação dos filhos de Bolsonaro.

Jeová

O deputado Jeová Campos (PSB) levou pautas importantes das cidades de Uiraúna e São José de Piranhas para a Secretaria de Estado da Educação. O parlamentar também apresentou ao secretário Cláudio Furtado o movimento “Não à Privatização” da Dataprev.

Jeová esteve acompanhado do analista de TI da Dataprev, Judson Mesquita, bem como do prefeito de São José de Piranhas Chico Mendes; e também das lideranças de Uiraúna, o vereador Francisco Benevenuto; e Dr. Paulo Arthur. A reunião, segundo Benevenuto, foi extremamente positiva, tendo alguns pleitos, inclusive, sendo atendidos de pronto.

 

Wellington Farias
PB Agora

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