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Opinião: comemorações e “linchamentos” públicos pela prisão de Fabiano Gomes são desnecessários

A prisão temporária do empresário Fabiano Gomes na manhã desta terça-feira (10) é mais um capítulo surpreendente formatado pela Operação Calvário, que está na sua 8ª fase. Pesa contra o comunicador as denúncias formuladas pela Polícia Federal.

No escopo em desfavor do radialista reside a afirmação que ele se valia de seus canais de comunicação para constranger investigados ou potenciais investigados da Operação. Ainda há suposta extorsão praticada contra os citados.

Outros agravantes: uma arma encontrada na residência de Gomes, citação que ele ofendia a honra de autoridades responsáveis pela Operação Calvário, alegando que algumas delas eram suas fontes de acesso a dados privilegiados.

Ainda há supostos pagamentos de propina, de acordo com a denúncia do (MPPB), efetivados pelo comunicador. De fato são acusações sérias, mas que necessitam o máximo rigor nas investigações, para não haver erros nos autos; estando Gomes inocentado no futuro, mas tendo sua imagem pessoal crucificada no presente.

Os advogados do radialista negam extorsão por parte de Fabiano Gomes e que a arma encontrada na sua casa seria do seu segurança. Encontrar a verdade sem buscar o linchamento coletivo e público contra o citado é dever dos órgãos competentes. O famoso princípio do contraditório e da ampla defesa deve ser respeitado.

Particularmente observo, preocupado, o pré-julgamento efusivo de alguns desafetos que Fabiano Gomes “colecionou” justamente por seu estilo “agressivo” de “enquadrar” pessoas poderosas. Cabe, agora, aguardar a audiência de custódia, a ser realizada na manhã de quarta-feira, mas é quase certo que o destino do radialista seja o Presídio do Róger.

Dércio Alcântara fala da frágil saúde de Fabiano Gomes e a possibilidade do radialista morrer na cadeia

Diz Dércio:

“Não sei se a saúde frágil de Fabiano Gomes suportará esse novo baque. Preso agora na Operação Calvário, acusado de extorsão e de ser operador de Ricardo Coutinho, para salvar sua vida só restará a Fabiano apelar para uma delação premiada.

Ele está sob custódia da PF, mas deve ser recambiado para o Presídio do Róger e lá sua vida correrá perigo duplo. Poderá ter a diabetes agravada, ser alvo dos que temem a sua língua ou tirar a própria vida. Ou as três coisas ao mesmo tempo”.

Tenho boa relação do Fabiano Gomes. Conheço seus familiares. E torço por um destino adequado. Como bem disse Dércio, a delação é a melhor opção caso exista efetiva participação do radialista no que foi apurado pela Polícia Federal.

Em tempo: as citações realizadas por Dércio Alcântara foram autorizadas pelo mesmo.

 

Eliabe Castor
PB Agora

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