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Mais de cinco mil servidores da PMCG entram em greve

Após a realização de duas assembleias do Sindicato dos Servidores Municipais do Agreste da Borborema (Sintab), realizadas na manhã e na tarde de ontem, funcionários públicos da Prefeitura Municipal de Campina Grande, de todas as categorias, resolveram decretar greve por tempo indeterminado a partir de hoje. A direção do Sintab acredita que mais de cinco mil servidores parem as atividades até que seja aberto, por parte da PMCG, um canal de negociação.

Médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde, agentes de trânsito, professores, garis e funcionários de outros setores decidiram aderir ao movimento, e serviços essenciais como escolas, postos de saúde e coleta de lixo não serão realizados a partir de hoje. As duas partes envolvidas na manifestação reconhecem os prejuízos para a sociedade, entretanto apresentam versões diferentes para a atitude. Segundo o presidente do Sintab, professor Napoleão Maracajá, a Prefeitura não deixou outra escolha para os servidores. “A gente pede desculpa à população, não queríamos ter chegado a esse ponto, mas não tivemos outra possibilidade, porque pedimos apenas um reajuste e melhores condições de trabalho”, destacou.

Já o chefe de gabinete do prefeito, Hermano Nepomuceno, que antes da primeira assembleia participou de uma reunião com membros do Sintab para tentar um acordo, disse que os servidores tiveram um crescimento real e poderiam esperar mais um pouco para não prejudicar a população. “Nós sugerimos que a categoria aguardasse um pouco porque os estudos já estão sendo feitos e o prefeito sempre tem dialogado. Além do mais, a data-base para reajuste é até o final de maio e poderiam esperar até a próxima segunda”, argumentou.

O Sintab garante a paralisação hoje e estará com um comando de greve pelas repartições públicas, impedindo que alguns “resistentes” trabalhem, fazendo com que os serviços funcionem precariamente, conforme explicou Napoleão Maracajá. Os servidores também farão várias manifestações ao longo do dia e prometeram um ato logo pela manhã, durante a visita do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, às obras do Hospital de Trauma.

O secretário de Administração da PMCG, Constantino Soares, afirmou que já foi feito um estudo técnico sobre o impacto financeiro do reajuste na folha de pagamento e um levantamento com a projeção das receitas da Prefeitura, incluindo arrecadação do Fundeb e FPM, para ser apresentado ao prefeito Veneziano Vital, que decidirá a contraproposta a ser apresentada ao sindicato. Constantino afirmou que hoje ou amanhã o prefeito deve estar se reunindo com a categoria para tratar da questão e disse ainda que não há nenhuma orientação da Prefeitura para que haja o corte do ponto dos servidores que pararem as atividades.

Os servidores reivindicam, entre outras coisas, reajuste de 12,4%, incluindo os aposentados; atualização do pagamento dos terços de férias; pagamento regular dos adicionais de insalubridade, periculosidade ou atividades penosas; inclusão de crédito nos vales-transporte no início de cada mês; incorporação da diferença dos vencimentos e dos quinquênios, além de elaboração de Planos de Cargos para as categorias que ainda não possuem.
 

Jornal da Paraíba

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