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Justiça determina fechamento do Matadouro Público de Serraria

Xinguara PA 15 09 2019 Desde 2013, quando o Pará atingiu a posição de 4º maior rebanho bovino do País, as regiões sul e sudeste do Estado vêm atraindo investidores e ganhando destaque no roteiro de expansão do agronegócio. Localizada na região de influência da BR-155 e PA-279, Xinguara, conhecida como Capital do Boi Gordo, não podia ficar de fora desse cenário positivo. Nesta quarta-feira (14), com apoio do governo do Estado, foi inaugurada uma nova unidade industrial no município, a Fribev, empresa nordestina do ramo de frigoríficos. foto Bruno Cecim ag.Pará

O Município de Serraria foi condenado a fechar o Matadouro Público, de acordo com sentença proferida pelo juiz Pedro Davi Alves de Vasconcelos, do grupo da Meta 6, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no âmbito do Judiciário estadual. A Meta busca priorizar o julgamento das ações coletivas.

Na decisão, o magistrado determinou que fosse mantido o funcionamento do matadouro, provisoriamente, até conclusão das obras da construção do novo abatedouro Regional Estadual, situado na cidade de Solânea, devendo o Município de Serraria, nesse período, comprovar a observância das condições mínimas de higiene, sanitárias e ambientais, fixando multa diária e pessoal ao gestor municipal, no importe de R$ 500,00 pelo descumprimento até o limite de R$ 10 mil, sem prejuízo das demais sanções.

Também foi determinado, na sentença, que a Suplan fosse novamente intimada para informar, no prazo de 15 dias, a previsão para conclusão das obras do abatedouro regional em construção, devendo constar a advertência de o descumprimento poderá importar na responsabilidade na forma da lei”.

Entenda o caso – Nos autos da Ação Civil Pública nº 0800193-79.2017.8.15.0361, o Ministério Público estadual informou que, no ano de 2014, foi instaurado o Inquérito Civil Público nº 06/2014, do qual teriam sido constatadas diversas irregularidades. A Justiça deferiu tutela de urgência de interdição do matadouro. Em audiência, foi requerido e deferido a suspensão do ato, em face de o Ministério Público ter noticiado a existência de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre as partes. Posteriormente, o Município de Serraria informou ter cumprido as exigências para funcionamento do matadouro, juntado Laudo de Vistoria da Secretaria Municipal de Agricultura e Laudo de Vistoria da Sedap.

Na sequência, o Ministério Público se manifestou pela desinterdição temporária do Matadouro Público de Serraria, até que o Abatedouro Regional Estadual, situado na cidade de Solânea, fosse concluído e entre em operação. Requereu, ainda, que fosse oficiado a Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan), para que esta informasse a previsão para conclusão das obras do abatedouro regional em construção.

Houve, então, decisão da Justiça, determinando a desinterdição provisória do Matadouro Público de Serraria. “A despeito da autorização judicial, em sintonia com a manifestação do Parquet, para funcionamento provisório do abatedouro, a prova carreada aos autos revela a inadequação do matadouro público que deve ter suas atividades encerradas para não vulnerar o meio ambiente equilibrado e a saúde pública”, destacou o juiz Pedro Davi.

Ao julgar o mérito da ação, o magistrado acatou parcialmente o pedido do MP e condenou o Município de Serraria a fechar o Matadouro Público, condicionando que eventual construção de novo abatedouro seja realizada em área não urbana e haja adequação às normas higiênico-sanitárias, bem como ambientais, mediante a apresentação em Juízo de registros e licenciamentos e demais documentos necessários.

Da decisão cabe recurso.

PB Agora com TJPB

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