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Jornalistas definem estrutura para ato público em defesa do diploma

 

 

Toda a estrutura para a realização, no dia 13 de agosto, em Campina Grande,
da passeata e do ato público de repúdio contra a decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF), que extinguiu a exigência do diploma para o exercício da
profissão de jornalista, foi definida em reunião realizada nesta
quinta-feira (30), no auditório da Associação Comercial, que contou com
participação de representantes da sociedade civil organizada, líderes de
entidades sindicais, trabalhistas, estudantis, patronais e do poder
legislativo campinense.

A reunião, coordenada pelo jornalista Land Seixas, presidente do Sindicato
dos Jornalistas da Paraíba, foi mais uma etapa na organização da mobilização
proposta pelo Fórum de Luta contra a Desregulamentação das Profissões de
Nível Superior, que tem à frente o SJPEPB, FENAJ e ACI.

Em atendimento a uma proposta do professor Josevaldo Cunha,
presidente da ADUFCG, foram formadas as comissões de Divulgação e Imprensa,
Finanças e de Mobilização, como forma de definir competências e otimizar as
ações do movimento. Também ficou definido o percurso da passeata, que sairá
do Curso de Comunicação da UEPB, no bairro de São José, e seguirá pelas ruas
Lino Gomes, Treze de maio, Vidal de Negreiros e Avenida Floriano Peixoto,
culminando na Praça da Bandeira, onde haverá o grande ato.

Outras questões necessárias ao movimento, como carros de som, faixas,
apitos, coletes, colheres de pau, caçarolas, nariz de palhaço, tintas,
caixão de defunto, boneco do ministro Gilmar Mendes (que será queimado em
praça pública) também foram definidas.

Os presidentes da ADUEPB e ADUFCG, José Cristóvão Andrade e Josevaldo Cunha,
respectivamente, disponibilizarão dois carros de som. As tintas e os apitos
serão doados pelo jornalista Júlio César, do Diário da Borborema. O
Sindicato dos Proprietários Rurais, através do seu presidente, João de Deus,
doará 200 coletes, enquanto que o Sindicato dos Taxistas pagará a serigrafia
que imprimirá a palavra de ordem ?Fora Gilmar, diploma já?.

O boneco e o caixão serão patrocinados pelo Centrac. O Sindicato dos
Jornalistas patrocinará 3 mil jornais, 5 mil panfletos, três ônibus para o
pessoal que virá de João Pessoa e pagará as notas de divulgação do ato na
Imprensa. Os vereadores Antonio Pereira e Fernando Carvalho doarão as
colheres de pau e os narizes de palhaço. Cada entidade presente ao ato fará
sua própria faixa.

 

Leia também:

Apoio parlamentar e manifestações ampliarão defesa do diploma em agosto

 

A movimentação na busca de apoio parlamentar à reinstituição da exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo, debates e protestos contra a decisão do Supremo Tribunal Federal prosseguem. Os trabalhos no Congresso Nacional serão retomados dia 3 de agosto. Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes foi alvo de protesto em Vitória.

Seguindo orientações da FENAJ, os Sindicatos de Jornalistas intensificam contatos com as bancadas federais de seus Estados ou regiões. A Federação encaminhou para cada Estado a lista daqueles que ainda não haviam se posicionado sobre a constituição da Frente Parlamentar em Defesa do Diploma. O objetivo do movimento é que, já na próxima semana, haja o número necessário de assinaturas para que a Frente Parlamentar seja oficialmente criada. Uma audiência pública sobre o diploma já está programada para a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados. Será no dia 20 de agosto, às 9h30.

No dia 24 de julho, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, foi recebido calorosamente por defensores do diploma em Vitória (ES). Ele participou de uma audiência sobre o mutirão carcerário no Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Manifestantes proferiram palavras de ordem dentro do plenário do TJ.

“Foi legal, o ministro riu o tempo todo, mas mostrou constrangimento. No momento que entregamos o panfleto, falamos para ele: Ministro, vamos recorrer e esperamos que o senhor reveja sua posição”, conta a jornalista Sueli de Freitas. Policiais tentaram impedir a distribuição dos panfletos “Ministro, saia às ruas: o Brasil quer jornalista com diploma!”.

Ao final do evento no TJ, em contato com os manifestantes, o presidente da OAB-ES, Antônio Augusto Genelhu Júnior, expressou a posição da Ordem a favor do diploma.

A decisão do STF sobre a não exigência de diploma para o exercício do Jornalismo despertou a atenção de outras profissões e cursos de graduação. Durante o Pautar Brasil 2009, realizado em Brasília dias 24 e 25 de julho, o painel “A exigência de diploma profissional: o caso dos jornalistas e os reflexos nas outras profissões e cursos”, com a participação de representantes de instituições públicas e privadas de ensino e de Conselhos e Ordens Federais de Profissões Regulamentadas, abordou os riscos e as consequências da desregulamentação das profissões.

Novas agendas de mobilização estão sendo preparadas. Uma delas acontecerá em Campina Grande, na Paraíba, onde o Fórum de Luta contra a Desregulamentação das Profissões de Nível Superior do Estado vai promover, dia 13 de agosto, a partir das 10 horas, um ato público em protesto contra a decisão do STF. Estão envolvidos na preparação da atividade segmentos da comunidade universitária, entidades classistas, lideranças sindicais, comunitárias e vereadores.

 

Ascom

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