Nesta quarta-feira (15) começa a greve dos servidores dos Correios na Paraíba e quase 350 mil correspondências deixarão de ser entregues diariamente em todo o Estado. O sindicato dos servidores informou que a paralisação será homologada hoje em assembleia geral às 19h. Atualmente, trabalham cerca de 500 servidores em toda a Paraíba.
Segundo o secretário de imprensa do sindicato, Tony Rodrigues, a previsão é que todos os servidores vão aderir à greve. “Com isso, os serviços de distribuição das correspondências nas casas e da triagem desse material, que são os principais pontos críticos do setor serão prejudicados”, disse, acrescentando que “faltam funcionários e o excesso de trabalho é uma rotina. Em média, cada carteiro entrega hoje cerca de duas mil correspondências, o que é humanamente impossível”, criticou.
“Além da falta de novas contratações e do excesso de trabalho, outro problema grave que já virou rotina para os trabalhadores dos Correios na Paraíba é o assédio moral por parte dos dirigentes da empresa, que reprimem qualquer tipo de crítica por parte dos servidores. A insegurança no trabalho, principalmente para os carteiros, também é um dos problemas graves, e frequentemente ocorre de algum trabalhador ser assaltado”, disse.
A assessoria de comunicação dos Correios na Paraíba informou que a direção do órgão no Estado está em contato com representantes da categoria para evitar a greve ou minimizar os impactos dela para a população. A assessoria informou também que estuda atualmente possibilidades para a melhor forma de atender as demandas dos trabalhadores, como no caso de contratações de novos servidores.
Para evitar prejuízos durante o período de greve, o consultor jurídico do Procon Municipal Hélio Eloi, informou que a população deve recorrer a meios alternativos para o pagamento de contas. “No caso de faturas de cartão de crédito e outras contas, o aconselhável é procurar a empresa credora e solicitar o envio de uma nova fatura ou a possibilidade de realizar o pagamento por outro meio, como por exemplo a internet”, sugeriu.
De acordo com Hélio Eloi, no caso de correspondências que não cheguem aos seus destinatários ou compras que não sejam entregues, os consumidores devem formalizar uma queixa e procurar a justiça para exigir a reparação de possíveis danos.
“É de responsabilidade das empresas a entrega de produtos comprados por telefone ou internet. Caso o prazo não seja respeitado, o consumidor deve enviar uma reclamação ao Procon e procurar a Justiça no caso de um prejuízo de qualquer natureza”, explicou.
Jornal da Paraiba
