O Governo do Estado, por meio Central de Transplante, elaborou uma programação especial para a 15ª Campanha Estadual para Doação de Órgãos e Tecidos. Com o tema “Passe a vida adiante, doe órgãos”, o evento começa no dia 25 deste mês com o ‘Trem da Vida’, que acontece das 7h30 às 11h, na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), em João Pessoa. Na ocasião, será realizada a divulgação das ações da Central de Transplante, além da sensibilização sobre a importância do ato de doar órgãos.
De acordo com a programação, ainda na sexta-feira (25), será realizada às 14h, no auditório do Instituto de Assistência à Saúde do Servidor (IASS – antigo IPEP), uma palestra científica com o tema Identificação e Manutenção de Potenciais Doadores de Órgãos. A palestra é voltada para médicos, enfermeiros e estudantes da área de saúde.
Dando continuidade ao calendário de atividades da 15ª Campanha Estadual para Doação de Órgãos e Tecidos, no sábado (26) acontecerá um culto ecumênico, às 15h, no auditório da PBTur. Participarão do culto familiares de doadores e receptores de órgãos e tecidos, além de profissionais envolvidos no processo de doação e transplante. O encerramento da campanha será no domingo (27), com a Caminhada pela Vida, saindo do Busto de Tamandaré, às 7h30, com percurso até o Hotel Tambaú.
A gerente de Ações Estratégicas da Central de Transplante, Miriam Carneiro, ressaltou a importância da conscientização da família sobre o ato de doar órgãos e tecidos, “pois só depende da autorização dela para que a captação dos órgãos seja feita e o transplante aconteça”, destacou.
Ela disse que, muitas vezes, quando é diagnosticada a morte cerebral do paciente, a equipe da Central de Transplante procura a família para autorizar a doação dos órgãos e na maioria das vezes a desculpa é de que o paciente nunca tinha expressado em vida o desejo de doar. “Por isso vai o nosso apelo, converse com a sua família e expresse em vida o desejo de ter os seus órgãos doados, pois se não tem doação, não tem transplante”, justificou.
Miriam Carneiro explicou também que todo o procedimento cirúrgico é pago pelo Sistema Único de Saúde – SUS e o paciente não tem nenhuma despesa. Ela explicou que um transplante de córnea custa cerca de R$ 2,5 mil; um de rim, R$ 15 mil; e o de fígado chega a R$ 40 mil. “O valor depende da complexidade do procedimento”, disse a gerente.
A gerente de Ações Estratégicas da Central de Transplante destacou que hoje um dos grandes parceiros na divulgação sobre a importância do ato de doar órgãos e tecidos são os meios de comunicação, principalmente a televisão, em especial as telenovelas, “mas é preciso o engajamento de toda a sociedade nessa luta tão nobre”, apelou Miriam Carneiro.
Dados – Segundo a coordenadora da Central de Transplante da Paraíba, Gyanna Lys Montenegro, no primeiro semestre de 2015 foram realizados 62 transplantes de córnea e 25 de rim. “A realização dos transplantes acontece de acordo com o número de doações e tendo sido detectada queda neste número, intensificamos o trabalho de busca para que este quadro seja revertido. Com a 15ª Campanha Estadual para Doação de Órgãos e Tecidos esperamos sensibilizar a população e, consequentemente, aumentar o número de transplantes”, explicou.
Ela lembrou que o Governo do Estado vem investindo na política de transplante, garantindo aos receptores a dispensação de medicações no pré-transplante que não são contempladas pelo Governo Federal. “Essas medicações previnem a rejeição, possibilitando maior sobrevida do órgão transplantado. Além disso, mantém convênio com instituição transplantadora, garantido ao paciente em lista de rim estar apto (todos os exames prontos) para receber o transplante. Dentro desta política de transplante contamos ainda com o apoio na realização de campanhas que incentivam a doação de órgãos”, concluiu Gyanna Lys.
Sobre o Serviço – A Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos da Paraíba, vinculada à Secretaria de Saúde do Estado, foi criada com a finalidade de fazer busca ativa, receber notificação, captação e distribuição de órgãos e tecidos, conforme a Lei n.º 9.434/97. A Central desenvolve o Programa de Educação Continuada com cursos de capacitação profissional nas universidades, hospitais, escolas públicas, privadas e estabelecimentos empresariais.
O processo de doação e a realização do transplante envolve a atuação de uma equipe formada por vários profissionais. “Psicólogo, assistente social, enfermeiro, médico transplantador e apoio administrativo são elementos importantes nesse quadro, além da família do doador, sem a qual a doação efetiva não ocorre. É a figura fundamental para viabilizar todo esse trabalho em equipe”, destacou Gyanna.
Para ser doador, basta manifestar o desejo à família. Cabe a ela a decisão sobre a doação. A Central de Transplante disponibiliza o telefone: (083) 3244-6192 para outras informações.
Secom