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Documentos oficiais sobre mortes na Ditadura são ”balela”, diz Bolsonaro

(foto: Mauro Pimentel/AFP)

O presidente Jair Bolsonaro questionou a veracidade dos documentos produzidos pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), que apurou os crimes cometidos durante o período da Ditadura Militar, entre 1964 e 1985. A declaração foi dada a jornalistas nesta terça-feira (30/7).

“Você acredita em Comissão da Verdade? Qual foi a composição da Comissão da Verdade? Foram sete pessoas indicadas por quem? Pela Dilma”. Para Bolsonaro, os documentos sobre as mortes atribuídas aos militares são “balela”. “Nós queremos desvendar crimes. A questão de 64, existem documentos de matou, não matou, isso aí é balela”, afirmou.

A declaração foi dada na entrada do Palácio da Alvorada logo após o presidente ser questionado sobre o comentário polêmico que deu ontem sobre o desaparecimento do pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. Bolsonaro disse que “um dia” contaria para Santa Cruz como o pai havia morrido. “Ele não vai querer saber a verdade”, disparou Bolsonaro.

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O relatório da CNV, divulgado em 2014, indica que Fernando Santa Cruz – pai de Felipe Santa Cruz – teria sido morto por que agentes do DOI-Codi, em 1974. O corpo do militante de esquerda nunca foi encontrado, mas a Comissão da Verdade apontou duas hipóteses para o desaparecimento, Fernando teria sido incinerado no Rio de Janeiro ou enterrado em uma vala comum em São Paulo.

Comissão Nacional da Verdade

Criada em 2012, a CNV investigou violações de Direitos Humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988. O relatório final do trabalho traz a conclusão da prática de detenções ilegais e arbitrárias, tortura, violência sexual, execuções, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres. Foram identificados 434 casos de mortes e desaparecimentos de pessoas sob a responsabilidade do Estado brasileiro

 

Correio Braziliense

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