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Diretor do Clementino Fraga rechaça associação entre HIV e vacinas da covid-19: “Não há relação, muito pelo contrário”

O infectologista Fernando Chagas, diretor geral do Complexo Clementino Fraga, rechaçou durante entrevista à rádio Correio FM nesta segunda-feira (25) qualquer associação de relação entre as vacinas da covid-19 e o vírus do HIV.

As especulações surgiram após o presidente Bolsonaro divulgar uma informação falsa durante uma live na última quinta-feira. O Instagram e o Facebook inclusive derrubaram a referida live justamente por ela conter informações sobre a covid-19 que não condizem com a verdade.

De acordo com Fernando Chagas nenhuma vacina do sistema de Saúde brasileiro causa outro tipo de doença infectocontagiosas, a exemplo da Aids e que a informação errônea acaba causando um certo temor entre os pacientes que ficam receosos de tomar sobretudo a dose de reforço.

“Nenhuma das 19 vacinas que nós temos no nosso sistema de saúde estão relacionados não só ao HIV, mas a qualquer outra doença se não apenas à proteção que a própria vacina oferece. Inclusive há um problema na colocação dessa natureza porque muitos dos nossos pacientes portadores de HIV ficam com receio de tomar inclusive a dose de reforço e é importante que essa população vá tomar sua dose de reforço porque elas precisam da proteção que a vacina proporciona. Não há relação nenhuma entre vacina covid-19 e HIV.

O médico explicou ainda que o que está acontecendo no Reino Unido é que muitas pessoas não cuidaram da saúde e agora buscando atendimento médico estão recebendo o diagnóstico da doença.

“Na verdade não existe essa informação. Na Inglaterra principalmente há uma emergência de HIV porque as pessoas estão deixando de se proteger, não tem relação com a vacina. Inclusive saiu um documento há um mês falando de emergência mundial de HIV. O que a gente tá vendo na prática é muita gente deixando de usar preservativo e havendo essa demanda reprimida já que pessoas não foram buscar o diagnóstico no ápice da pandemia com medo e agora estão descobrindo infelizmente. Não há relação, muito pelo contrário e inclusive a gente deixa esse reforço para as pessoas buscarem o diagnóstico e voltar a se cuidar com relação a doenças sexualmente transmissíveis” concluiu.

PB Agora

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