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Banco de Leite da Maternidade de Patos ajuda a alimentar cerca de 100 bebês ao mês

O Banco de Leite Humano Dr. Vilani Kehrle da Maternidade de Patos oferece alimento apropriado para diversos bebês até os seis primeiros meses de vida e orienta centenas de mães sobre a importância da amamentação exclusiva desde o nascimento de seu filho. Todos os meses, o Banco de Leite auxilia cerca de 100 crianças nascidas na Maternidade, proporcionando a primeira e a principal fonte de nutrição dos recém-nascidos até que eles se tornem aptos a comer e digerir os alimentos sólidos. Segundo a coordenadora do Banco de Leite Humano (BLH), Joana Sabino, hoje o estoque do Banco tem capacidade para suprir toda a demanda da Maternidade e ainda ofertar, quando preciso, o alimento para o Banco de Leite Anita Cabral, embora sempre se necessite de um número maior de doadoras.

“Sempre precisamos de mais doadoras e, consequentemente, de mais leite, uma vez que existe uma rotatividade grande de credenciamento na Maternidade”, disse a coordenadora do Banco de Leite Humano (BLH), lembrando que o número de doadoras nos três últimos meses chegou a 168, sendo 50 doadores em junho, 64 em julho e 54 em agosto. Destas, sete doadoras são domiciliares e cinco hospitalares. “Existe expectativa para o aumento de doadoras, desde que seja disponibilizada condição para que façamos essa divulgação da necessidade do aumento de doadora de leite humano, como também a busca ativa dessas doadoras”, considerou Joana.

Vale dizer que o total de leite coletado na Maternidade de Patos nos últimos três meses chegou a 105.460ML. Esse montante beneficiou 294 crianças – 112 em junho, 96 em julho e 86 em agosto. Essa coleta é feita por técnicos de enfermagem na sala de ordenha específica do Banco de Leite. A equipe do BLH é formada por 14 profissionais, sendo 01 coordenador-enfermeiro; 01 bioquímico; 02 técnicos de enfermagem e 03 auxiliares de enfermagem; 01 porteiro; 02 recepcionistas; 02 vigias noturnos e 02 auxiliares de serviços gerais. Joana Sabino explica que o leite humano coletado, após passar pelo processo de controle de qualidade, feito no próprio laboratório do BLH por um bioquímico, é armazenado em frascos de vidro esterilizados e colocados em freezers. O material coletado tem validade de seis meses.

Além da coleta e oferta de leite para todas as crianças prematuras hospitalizadas e incapacitadas de sugar no seio da mãe, a equipe do BLH faz palestra diariamente com as parturientes hospitalizadas na Maternidade Peregrino Filho, nas unidades de saúde do município e ainda quando a equipe é solicitada para participação em eventos municipais e nos eventos do próprio BLH. “É um privilegio para a cidade de Patos e para todos nós profissionais da saúde que colaboram direto ou indiretamente com a melhora da saúde da população oferecer esse importante alimento para que as crianças tenham maior chance de recuperação e ganho de peso mais rápido”, concluiu Joana Sabino.

Para ser doadora é só entrar em contato através do telefone 3423-2157. Além disso, qualquer puérpera que tiver problema na mama em relação à amamentação de seu filho pode se dirigir ao BLH. A paciente – sendo a pessoa doadora ou não – será atendida pelos profissionais especializados do BLH, que fará massagem de alívio, ordenha mamária, e a verificação de problemas mais sérios como abcessos. Este último caso, a paciente já é encaminhada para o atendimento médico especializado na própria Maternidade que é administrada pelo Instituto Gerir, uma Organização Social contratada pelo Governo do Estado, desde junho passado.

O Leite Materno

É um alimento completo, fornecendo nutrientes em quantidade adequada (carboidratos, proteínas e gorduras), componentes para hidratação (água) e fatores de desenvolvimento e proteção como anticorpos, leucócitos (glóbulos brancos), macrófago, laxantes, lipase, lisozimas, fibronectinas, ácidos graxos, gama-interferon, neutrófilos, fator bífido e outros contra infecções comuns da infância, isento de contaminação e perfeitamente adaptado ao metabolismo da criança. Já foi demonstrado que a complementação do leite materno com água ou chás é desnecessária, inclusive em dias secos e quentes. Recém-nascidos normais nascem suficientemente hidratados para não necessitar de líquidos, além do leite materno, apesar da pouca ingestão de colostro nos dois ou três primeiros dias de vida.

 

Assessoria

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