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Bancários fazem assembleia e podem decretar greve dia 19

 A diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba está convocando todos os bancários de sua base de atuação para uma Assembleia Geral Extraordinária, nesta quinta-feira, 12/09/2013, às 19 horas, no ginásio de esportes da Entidade. Em pauta, a análise da proposta da Fenaban – reajuste de 6,1% sobre os salários, os pisos, a PLR e demais verbas de caráter salarial – e a decretação da Greve por Tempo Indeterminado, a partir do dia 19.

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf – CUT) recomenda a rejeição da proposta dos banqueiros e a decretação da greve por tempo indeterminado, a partir do dia 19.

Somente os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre, alcançando a maior rentabilidade do sistema financeiro internacional, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. Apesar dos lucros, os bancos estão fechando postos de trabalho e piorando as condições de trabalho, com aumento das metas abusivas e do assédio moral, o que tem provocado uma verdadeira epidemia de adoecimentos na categoria. Por falta de investimento em segurança, também cresce o número de assaltos, sequestros e mortes. Mas os banqueiros se recusam a discutir esses problemas.

“Por isso consideramos a proposta, que não tem aumento real e desconsidera as demais reivindicações, como uma provocação dos bancos”, afirma Marcos Henriques, presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba e membro do Comando Nacional dos Bancários.

“Os bancários enfrentam condições adversas para o cumprimento das metas absurdas impostas pelos bancos. Muitas vezes, relegam a família e a vida pessoal ao segundo plano para atenderem às exigências dos banqueiros. Portanto, se os bancos não querem a via negocial vamos buscar na luta o que nos é devido de direito. A hora é agora, companheiros!”, conclama Marcos Henriques.

Eis a proposta da Federação Nacional dos Bancos e as reivindicações dos bancários.

Proposta da Fenaban
Reajuste – 6,1% (previsão da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá)
PLR – 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado).
Parcela adicional da PLR – 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.
Adiantamento emergencial – Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo medico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS
Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho – Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir o aprimoramento do programa.
Adoecimento de bancários – Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.
Inovações tecnológicas – Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.
 

Reivindicação dos Bancários
• Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)
• PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
• Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
• Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
• Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
• Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
• Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
• Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
• Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

 

Ascom
 

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