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Análise: ao resolver ter candidato próprio, o PT sinaliza que RC não disputará. E corrige erro

O Partido dos Trabalhadores na Paraíba anunciou, através da sua direção estadual, que a legenda terá candidato próprio à sucessão do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo.

A decisão denota que o PT não conta mais com a possibilidade de o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) vir a disputar as próximas eleições. Anteriormente, a direção do partido já havia anunciado que, para prefeito da Capital nas eleições programadas para este ano, apoiaria o nome de RC, até então dado como um candidato em potencial.

Acerto

Finalmente, o Partido dos Trabalhadores na Paraíba toma uma decisão acertada, corrigindo um erro no qual insistia ao longo de eleições passadas, quando abdicou de ser protagonista para apoiar a terceiros.
Não é o caso de Ricardo Coutinho não ser merecedor do apoio petista. Muito pelo contrário, além de ter sido fiel às expectativas do eleitorado alinhado com o pensamento petista, e ter construído uma história política junto com o PT, Coutinho quando governador da Paraíba chegou, inclusive a ir praça pública se rebelar contra o impeachment da presidente Dilma.

O erro do PT, ao apoiar nomes fora das hostes de sua legenda, foi meramente de estratégia. Apoiando a terceiros, o partido deixou de ocupar espaços preciosos no cenário da política paraibana, como também deixo7u de construir possibilidades reais de eleger, não só um prefeito de João Pessoa, das suas próprias fileiras, como também governador do Estado.

Erro

O Partido dos Trabalhadores ao longo de sua história cometeu um grande erro: priorizou, quase que exclusivamente, consumir todas as suas energias e esforços nos projetos em que se fazia protagonista Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula, portanto, passou a ser seu único objetivo de luta do Partido dos Trabalhadores. Com isso, de norte a sul do Brasil -com honrosas exceções – deixou passar a chance de eleger outros nomes para postos relevantes e estratégicos, e de construir outras lideranças.

Na Paraíba, por exemplo, quem é a grande liderança petista? Que postos relevantes o PT já ocupou pela via das urnas? Quantos deputados petistas – estaduais e federais – foram eleitos nas últimas eleições? Quantas vezes o PT paraibano elegeu um senador da República?

Nos demais Estados, com honrosas exceções, não foi muito diferente.

Como se vê, o PT se preocupou demais com a figura de Lula, que por si só já é grande, em detrimento do crescimento e do fortalecimento do partido nas diversas regiões do Brasil.

 

Wellington Farias

PB Agora

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