Responsável pelo abastecimento de água de Campina Grande e mais 18 municípios do Compartimento da Borborema, o açude Epitácio Pessoa em Boqueirão, já ultrapassa a margem dos 5% de sua capacidade, segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas (AESA).
O manancial se encontra com pouco mais de 21.658.399 m³, que equivale a 5,2%, de sua capacidade, e já saiu da situação crítica. O aumento da lâmina d’água é de 2,60 m, o que corresponde a um aporte hídrico de 9. 684.339 metros cúbicos.
Projetado com capacidade máxima de 411.686.287 metros cúbicos, Boqueirão atingiu na semana passada, 20.628.287 metros cúbicos entrando na lista dos 47 no estado que estão em observação, com volume entre 5% e 20% da capacidade total.
Na segunda-feira (22), a Agência Nacional das Águas (ANA) autorizou a retirada de até 1.100 litros de água por segundo do reservatório, após ser constatada a melhora no volume. A medida, no entanto, só pode ser realizada quando o volume ficar acima de 8,2% da capacidade total e sair do volume morto, segundo a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa). Com a transposição do Rio São Francisco, em um mês o açude recebeu uma recarga de mais de 7 milhões de m³ de água.
Segundo a Cagepa, com base nos cálculos feitos pela gerência, a previsão atual é de que Boqueirão atinja o volume de 8,2% até a metade do mês de junho. Entretanto, o gerente regional de abastecimento da Cagepa, Ronaldo Menezes, explica que pode haver mudanças na previsão, dependendo da oscilação ou não da vazão liberada pela transposição, ou ainda pela ocorrência de chuvas, ou o surgimento de recargas através do Rio Taperoá.
O gerente regional da Cagepa, Ronaldo Menezes confirmou que o manancial está recebendo mais água do que gasta para o abastecimento e pelas perdas causadas pela evaporação.
– O acumulado está em 5,1%, o que corresponde a 20.838.869 milhões de metros cúbicos. Antes do dia 18 de abril, quando houve o encontro das águas do São Francisco, o manancial estava com 2,9 da capacidade. A água que está entrando está dando para atender o abastecimento, apesar das perdas pela evaporação, e está acumulando – pontuou.
Ronaldo ponderou que a previsão para o fim do racionamento acontecerá quando açude atingir 8,2% da capacidade.
Severino Lopes
PB Agora