O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, deu mais 12 horas para que o governo interino aceite a volta dele ao poder. O prazo terminaria a 0h desta sexta-feira (16), mas foi estendido até as 12h (horário local, 15h horário de Brasília) desta sexta-feira (16), informa o enviado especial da Globo News a Tegucigalpa, Rafael Coimbra.
Nesta quinta (15), os representantes dos dois lados passaram o dia reunidos, tentando solucionar o impasse político em Honduras. O ponto principal ainda é a restituição de Zelaya à presidência. A crise teve início com o golpe de Estado que retirou Zelaya do poder em junho e se agravou após o presidente deposto ter voltado de surpresa ao país, em setembro, e se abrigado na Embaixada Brasileira.
A comissão do presidente deposto espera que o governo interino apresente uma proposta até o horário estabelecido. Logo depois, Zelaya prometeu anunciar seus próximos atos.
‘Otimistas’
Víctor Meza, um dos integrante da comissão de diálogo de Zelaya, disse que o grupo está “otimista”. Ele acrescentou que Zelaya e o presidente interino, Roberto Micheletti, fizeram "observações" ao "texto pactuado" e que "nesse processo" estiveram empenhadas as comissões nesta quinta. As reuniões, feitas a portas fechadas, duraram quase 12 horas.
"Estamos muito próximos de conseguir um acordo definitivo", afirmou Meza, acrescentando que não poderia dar detalhes da negociação, porque existe o compromisso de sigilo de ambas as partes.
Ele advertiu que sem acordo para superar a crise pode haver uma escalada de violência.
"Se não se alcançarmos uma saída negociada, pacífica, democrática, à crise, as consequências serão a desordem, a intranquilidade, a convulsão social, que ninguém, nenhum hondurenho, quer para a nossa pátria", declarou.
G1