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União Europeia condena teste nuclear norte-coreano como “violação”

O alto comissário de Política Externa e Segurança Comum da União Europeia, Javier Solana, condenou nesta segunda-feira o novo teste nuclear anunciado pela Coreia do Norte. Segundo Solana, o teste é uma "flagrante violação" da resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), aprovada após o primeiro teste nuclear realizado por Pyongyang em 2006.

A Coreia do Norte anunciou que realizou "com sucesso" nesta segunda-feira um teste nuclear subterrâneo, mais potente que o de 2006. A informação foi divulgada pela agência estatal de notícias norte-coreana KCNA. Após o teste, a agência oficial de notícias da Coreia do Sul Yonhap noticiou que Pyongyang lançou dois outros mísseis de curto alcance.

Em 9 de outubro de 2006, cinco dias após o primeiro teste nuclear realizado por Pyongyang, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução 1718, que exige que Pyongyang abandone os testes de armas nucleares e de mísseis balísticos, assim como o desenvolvimento deste tipo de armamento.

O texto supôs, então, que as sanções econômicas impostas à Coreia do Norte serviriam de impedimento ao acesso a tecnologias do tipo. O teste desta segunda-feira, contudo, foi estabelecido por Japão e Rússia como de potência superior ao de 2006.

"[O novo teste nuclear] ameaça ainda mais a paz na região e a segurança no nordeste da Ásia", disse Solana, se referindo ao lançamento, no último dia 5 de abril, de míssil de longo alcance por Pyongyang –mesmo sob grande crítica da comunidade internacional.

"Estes atos irresponsáveis da Coreia do Norte justificam uma firme resposta da comunidade internacional", destacou Solana, acrescentando que a UE permanecerá em contato com seus parceiros para "discutir as medidas apropriadas".

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durao Barroso, também condenou nesta segunda-feira o teste nuclear, que considerou uma provocação, segundo afirmou seu porta-voz, Amadeu Altafaj.

"Estamos muito preocupados com o teste nuclear", disse Altafaj, lembrando que a UE pediu inúmeras vezes à Coreia do Norte que "não dê mais passos que incrementem as tesões e minem a paz e a estabilidade".

Segundo Altajaf, o teste nuclear de Pyongyang é "profundamente lamentável" e "vai em má direção". Ele afirmou ainda que a UE mantém consultas sobre o tema com especialistas, países membros do bloco e parceiros internacionais.

"O Conselho de Segurança das Nações Unidas é o órgão apropriado para uma resposta", afirmou o porta-voz.

Entenda a tensão nuclear

O governo norte-coreano advertiu em 29 de abril que iria realizar o seu segundo teste nuclear, em protesto contra a advertência do Conselho de Segurança da ONU de repreender o país pelo teste de um foguete de longa distância, em 5 de abril passado.

Também em abril, como reação, a Coreia do Norte informou que havia reiniciado o processo para extrair plutônio em Yongbyon, sua principal usina nuclear.

No mês passado, a Coreia do Norte expulsou técnicos da AIEA (agência atômica da ONU). Pyongyang abandonou ainda o Grupo dos Seis (EUA, Rússia, Japão, China e as Coreias), fórum das negociações que culminaram no desligamento do reator nuclear de Yongbyon, em 2007, após o primeiro teste.

O regime comunista liderado pelo ditador Kim Jong-il testou a sua primeira bomba nuclear em outubro de 2006. Após sofrer sanções do Conselho de Segurança da ONU, o país passou a negociar vantagens e ajuda internacional em troca do abandono do programa.

Folha

 

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