Moscou, 10 set (EFE).- Rússia e Síria já estão trabalhando em um ‘plano concreto, claro e eficaz’ para deixar sob controle internacional as armas químicas sírias, afirmou nesta terça-feira o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.
O chanceler disse que a Rússia está preparada para apresentar ’em breve’ o plano ao Conselho Segurança da ONU e à comunidade internacional.
Lavrov concedeu entrevista coletiva ao final de seu encontro com o ministro das Relações Exteriores líbio, Abdel Aziz.
‘Estamos preparando as propostas concretas em forma de um plano, que será apresentado a todas as partes interessadas, incluído, claro, os Estados Unidos’, explicou o chefe da diplomacia russa.
Lavrov acrescentou que mantém contato com o secretário de Estado americano, John Kerry. ‘A última vez que falamos foi ontem pela tarde, por telefone. Informei a ele sobre o que acabo de contar’, disse o chanceler.
O ministro russo frisou que a iniciativa de pôr o arsenal químico sírio sob controle internacional ‘não elimina a necessidade de investigar todas as denúncias de emprego de armas químicas na Síria’.
‘Os especialistas da ONU devem voltar à Síria e cumprir plenamente seu mandato’, afirmou.
Lavrov argumentou que a proposta de colocar as armas químicas sob controle internacional ‘não é uma iniciativa totalmente russa’.
‘Germinou dos contatos que mantivemos com os colegas americanos, da declaração de ontem de John Kerry, que apontou a possibilidade de se evitar os ataques (à Síria) se for resolvido este problema (das armas químicas)’, esclareceu.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou ontem que poderia suspender um possível ataque militar na Síria se o regime de Bashar al Assad aceitar a proposta russa para que seu arsenal de armas químicas fique sob controle da comunidade internacional.
O chefe da Casa Branca afirmou que a proposta russa é um passo ‘positivo’ para evitar uma intervenção militar contra Damasco, mas enfatizou que falta ver se a iniciativa é séria e não uma tática para ganhar tempo.
Obama anunciou recentemente que tinha tomado a decisão de lançar um ataque ‘limitado’ contra alvos militares do regime sírio em represália por um suposto ataque com armas químicas contra a população civil, que Washington considera provado.
Msn