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Relatórios secretos sobre o Afeganistão mostram Bin Laden ativo

Enquanto os serviços secretos afirmam que perderam as pistas de Osama Bin Laden há anos, o terrorista aparece nos relatórios secretos divulgados pelo WikiLeaks como um agente ativo, presente e venerado por seus homens na fronteira entre Afeganistão e Paquistão.

Em vários desses informes, concluídos entre 2004 e 2008, reunidos e publicados na internet pelo jornal britânico The Guardian, o nome do fundador da Al-Qaeda aparece, seja como inspirador e guia, ou diretamente como chefe militar, que dá ordens, recompensas e participa das reuniões do Estado-Maior.

Com isso, o informe N°20060816155041SPV6092076699, de 16 de agosto de 2006, indica que "reuniões de alto nível com cerca de vinte pessoas são realizadas uma vez por mês na cidade de Quetta (Paquistão) ou em povoados da zona fronteiriça entre Paquistão e Afeganistão".

"As quatro pessoas mais importantes que assistem a estas reuniões são o mulá Omar, Osama Bin Laden, o mulá Dadullah e o mulá Barader", indicou o documento.

O relatório acrescenta que durante uma destas reuniões, alguns dias antes de 16 de agosto, seis terroristas suicidas (dos quais um pelo menos seria chinês) foram encarregados de organizar uma série de ataques suicidas no Afeganistão. Por isto, teriam recebido 50.000 dólares cada um e a garantia de que suas famílias teriam assistência.

O informe N°200409011000031NAA6600800000, de 1º de setembro de 2004, indica que "três terroristas receberam de Bin Laden a missão de organizar atentados suicidas contra (o presidente afegão Hamid) Karzai."

"Segundo uma fonte, os três terroristas deverão entrar no Afeganistão nos dez dias seguintes, com passaportes falsos de jornalistas obtidos em um país árabe ou no Paquistão", acrescentou o texto. "Pretendem atacar durante uma entrevista coletiva à imprensa ou em uma reunião da qual Karzai participa, escondendo uma bomba em uma câmera ou um gravador".

Segundo o relatório N°200607144000042SVF7746377769 de 14 de julho de 2006, Bin Laden ofereceu uma mulher como esposa a um tal Kari Najimulah, de 28 anos, para premiá-lo por sua excelência na fabricação de bombas, adquirida durante "três anos de treinamento com especialistas árabes em uma madrassa" (escola corânica).

Vários relatórios descrevem o chefe da Al-Qaeda como a referência moral e ideológica dos combatentes anti-ocidentais no Afeganistão.

Com isso, o documento N°20080501000042SXD26006400 de 1º de maio de 2008 indica que o fabricante de um veneno destinado a matar membros da coalizão quando bebessem água nas aldeias durante suas patrulhas teria batizado o veneno de "Osama Kapa", em homenagem a Osama Bin Laden".

Em abril de 2004, informa o documento N°2007-033-010809-0859 de 9 de abril de 2004, "duas bandeiras brancas foram encontradas durante operações ao longo da fronteira".

Em uma delas estava escrito "Viva o xeque Osama" e na outra, escrito à mão: "Deus abençoe aqueles que nos dão informações sobre as forças da coalizão. Atuaremos contra aqueles retirarem estas bandeiras islâmicas".

 

Terra

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