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Partido governista já comemora vitória na África do Sul

O Congresso Nacional Africano (CNA) comemora nesta quinta-feira, 23, a vitória expressiva nas eleições gerais realizadas na última quarta-feira na África do Sul, onde, com aproximadamente 50% dos votos apurados, tudo indica que o líder da legenda, Jacob Zuma, será o próximo presidente sul-africano. "Estamos satisfeitos com como as coisas estão indo", disse aos jornalistas a porta-voz do CNA, Jessie Duarte, ao saber que o porcentual de votos do partido rondava os 66%, enquanto Zuma cantava e dançava com os seguidores na festa organizada pela legenda em sua sede de Johanesburgo.

Em um palanque em frente à sede do partido, com uma jaqueta preta e acompanhado por um grupo musical e de dança, Zuma participou das comemorações e disse aos seguidores que "o CNA é como um leão. O CNA nunca estará abaixo de 60%". Para o líder da legenda, as campanhas da oposição "tentaram diminuir a nossa organização popular, enquanto nós nos ocupávamos de nossa própria campanha", que é a que deu a vitória ao partido.

 

As eleições sul-africanas de quarta-feira, que foram as quartas desde a queda do regime segregacionista do apartheid, em 1994, confirmam a força do CNA, o movimento de libertação que levou Nelson Mandela ao poder. Se não houver imprevistos, Zuma será empossado o quarto chefe do Estado democrático em Pretória no dia 10 de maio, quando se completam 15 anos da posse de Mandela como o primeiro presidente negro da África do Sul.

 

No entanto, se, no final da apuração, o CNA não revalidar os dois terços de cadeiras que atualmente tem na Assembleia Nacional, Zuma não terá na Câmara a maioria suficiente para reformar a Constituição e adotar decisões extraordinárias sem alianças. A prefeita da Cidade do Cabo, Hellen Zille, expressava nesta quinta satisfação com os resultados. O partido da política, o liberal Aliança Democrática (DA), que já era a segunda maior força parlamentar do país, obteve um grande crescimento, ao passar de 12,5% para cerca de 18% dos votos, segundo dados parciais.

 

"Esperava 15% de votos, mas isto é muito mais", disse Zille aos jornalistas, cujo partido também se transformou na legenda principal da província de Cabo Ocidental, a qual a prefeita, com grandes probabilidades, governará a partir de agora. Também surgiu com força como partido o Congresso do Povo (Cope, em inglês), grupo formado por dissidentes conservadores do CNA após a destituição, em setembro, de Thabo Mbeki da Presidência da África do Sul.

 

PARCIAIS

 

O Cope conseguiu o terceiro lugar, com cerca de 8% de votos nos resultados parciais. O candidato à Presidência da legenda, Mvume Dandala, afirmou nesta quinta que "estamos satisfeitos e nos sentimos muito animados com que um partido tão jovem tenha conseguido estes resultados". Em posição pior ficou o Partido Inkatha Liberdade (IFP), de Mangosuthu Buthelezi, uma legenda cuja força reside na população de KwaZulu-Natal e que, de terceira legenda parlamentar, com 7%, passou a ocupar o quarto lugar, com cerca de 3%.

 

Além das eleições para a Assembleia Nacional de 400 membros, que depois designa o presidente, na quarta-feira também houve votação para renovar as Câmaras legislativas das nove províncias do país, das quais o CNA conseguiu a maioria em oito, e a DA aparece em primeiro no Cabo Ocidental. A Comissão Eleitoral Independente (CEI) ressaltou que a participação, segundo os dados preliminares, foi de cerca de 77% dos 23.181.997 eleitores inscritos, e acelerou a apuração.

 

Os resultados totais das eleições devem ser liberados nesta quinta, mas os oficiais terão que esperar sábado ou domingo, conforme anunciou a presidente do CEI, Brigalia Bam, que lembrou que será preciso revisar todas as impugnações dos partidos. Tanto os partidos como a CEI elogiaram a tranquilidade que reinou nas eleições de quarta, nas quais não houve incidentes violentos, mas um dirigente local do Cope na província de Cabo Oriental foi morto a tiros à noite em um incidente ainda não esclarecido.

Estadão

 

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