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Papa Francisco: “Que tenhamos a coragem de mudar”

Não podia ser mais simbólico e significativo o reencontro do Papa Francisco com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, o que não acontecia desde início de março: a solenidade de Pentecostes.

E ao se despedir dos presentes em um domingo primaveril e de temperatura amena – e antes ainda de pronunciar o tradicional “por favor, não se esqueçam de rezar por mim. Bom almoço e até logo” -, o Santo Padre disse que temos “tanta necessidade da luz e da força do Espírito Santo. A Igreja tem necessidade disso, para caminhar concorde e corajosa, testemunhando o Evangelho; e disso tem necessidade toda a família humana, para sair desta crise mais unida e não mais dividida”.

Aos tradicionais protocolos de segurança para ingressar na Praça São Pedro, somaram-se agora as medidas sanitárias preventivas ao contágio do coronavírus, ou seja, desinfetar as mãos com álcool gel, manter a distância de segurança, o uso de máscaras.

Para atender a demanda de peregrinos que tende a crescer gradativamente e dar mais fluidez às filas em tempos de distanciamento social, foram instalados novos detectores de metal sob as colunatas de São Pedro.

O Evangelho de São João proposto pela liturgia do dia inspirou a alocução do Santo Padre.

De fato, a leitura “nos remete à noite da Páscoa e mostra-nos Jesus ressuscitado que aparece no Cenáculo, onde os discípulos haviam se refugiado. Pôs-se no meio deles e disse-lhes: ´A paz esteja convosco!´”

Estas primeiras palavras pronunciadas pelo Ressuscitado: “A paz esteja convosco” – explicou o Papa – devem ser consideradas mais do que uma saudação.

“Expressam o perdão, o perdão concedido aos discípulos que, para dizer a verdade, o haviam abandonado. São palavras de reconciliação e de perdão. E também nós, quando desejamos paz aos outros, estamos dando o perdão e também pedindo perdão. Jesus oferece sua paz precisamente a esses discípulos que têm medo, que custam a acreditar no que viram, ou seja, o sepulcro vazio, e subestimam o testemunho de Maria Madalena e das outras mulheres. Jesus perdoa, perdoa sempre, e oferece sua paz aos sesus amigos. Não se esqueçam: Jesus nunca se cansa de perdoar. Somos nós que nos cansamos de pedir perdão”, discorreu Francisco.

Ao final, uma conclamação do papa:

“Precisamos tanto da luz e da força do Espírito Santo! A Igreja precisa disso, para caminhar em harmonia e corajosamente, testemunhando o Evangelho. E toda a família humana precisa disso, para sair dessa crise mais unida e não mais dividida. Vocês sabem que de uma crise como esta não saímos iguais, como antes; saímos ou melhores ou piores. Que tenhamos a coragem de mudar, de ser melhores, de ser melhores do que antes e de poder construir positivamente o pós-crise da pandemia”.

Assessoria

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