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Otan teme que saída prematura devolva poder ao talibã afegão

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, afirmou que os talibãs poderiam tomar o poder no Afeganistão caso as forças internacionais deixem o país antes da hora. "Não podemos deixar o Afeganistão prematuramente, antes do fim de nosso trabalho. Os talibãs retornariam facilmente. O Afeganistão poderia servir novamente de plataforma para ataques terroristas", disse Rasmussen em entrevista coletiva junto ao ministro paquistanês de Assuntos Exteriores, Shah Mehmood Qureshi.

O secretário-geral da Otan assinalou que o objetivo é fazer com que as forças de segurança afegãs assumam a responsabilidade pelas operações militares no país em 2014, mas ressaltou que a transição dependerá mais das condições do Afeganistão do que de um calendário. "Temos que ter a garantia de que vamos ter as condições requeridas para a transição. Estaremos comprometidos até que tenhamos certeza que há estabilidade. Não deixaremos um vazio. O compromisso da Otan com o Afeganistão é a longo prazo", disse Rasmussen.

O chefe do organismo multilateral também apoiou o processo de reconciliação com os elementos talibãs moderados, desde que estejam dispostos a abandonar a violência e a respeitar a Constituição e democracia afegãs. Para Rasmunssen, o Paquistão pode desempenhar um papel importante nesta estratégia, promovida pelo presidente afegão, Hamid Karzai.

Qureshi afirmou que Islamabad não está buscando um papel no processo, mas deve ser o próprio Governo do Afeganistão a decidir como o Paquistão pode ajudar.

O secretário-geral da Otan visitou o Paquistão nesta quarta-feira, após participar, terça, junto a Qureshi, da Conferência de Cabul, onde delegados de cerca de 70 países e organismos internacionais decidiram dar mais controle ao Governo afegão na gestão dos fundos da comunidade internacional destinados ao país e apoiaram seu plano de paz com os talibãs.

 

Terra

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