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Mortos por terremotos na Indonésia passam de 1.000, diz ONU

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, o britânico John Holmes, disse nesta quinta-feira esperar que o número de pessoas mortas no terremoto que atingiu a ilha indonésia de Sumatra nesta quarta-feira (30) chegue a 1.100. "Os últimos dados que temos sugerem que o balanço dos mortos subiu já para 1.100", afirmou. "Obviamente, também há muitas centenas de feridos, e temo que as cifras aumentem."

Oficialmente, o governo da Indonésia confirma 529 mortes, porém o temor de que o total ultrapassasse mil já era expressado desde esta quarta-feira, pelas autoridades indonésias. Nesta quinta, a ministra de Saúde, Siti Fadillah Supari, repetiu acreditar que haja "milhares" de pessoas soterradas pelos escombros, dada a dimensão dos danos. Só em Padang, que tem cerca de 900 mil habitantes, mais de 500 prédios foram destruídos.

O presidente Susilo Bambang Yudhoyono, que chegou da reunião do G20, nos EUA, nesta quinta-feira, afirmou estar aberto à ajuda internacional. Austrália, Coreia do Sul e Japão já ofereceram o seu apoio. "Nós não iremos subestimá-lo [o desastre]. Estaremos preparados para o pior. Faremos tudo o que for possível para ajudar as vítimas", afirmou o presidente.

Em Padang, nesta quinta-feira, uma mulher de Cingapura foi retirada com vida depois de passar 25 horas presa nos escombros. Os trabalhos de buscas por sobreviventes e corpos entre os escombros são dificultados pela chuva, que continua forte, e pela falta de maquinário pesado para retirada dos destroços, informa a agência de notícias France Presse.

Um dos focos de trabalho são os destroços de uma escola dos quais seis crianças foram resgatadas com vida e quatro, mortas. Outras 20 crianças permanecem desaparecidas.

"Estamos sobrecarregados com as vítimas e… a falta de água limpa, de energia elétrica e de telecomunicações. Nós realmente precisamos de ajuda. Pedimos que as pessoas venham a Padang para retirar corpos e ajudar os feridos", disse o prefeito de Padang, Fauzi Bahar, em entrevista à rádio El Shinta.

O principal hospital de Padang, o estatal Djamil Hospital, que foi danificado, mas continua de pé, está lotado de vítimas e familiares. Dezenas de feridos recebem tratamentos em tendas instaladas do lado de fora do hospital. O governo federal abriu todos os centros de crise do Exército em Jacarta, Sumatra Ocidental e Sumatra do Norte e destacou veículos militares para irem remover os destroços.

Dois aviões Hércules, das Forças Armadas indonésias, decolaram rumo a Padang com 20 mil tendas para desabrigados e 10 mil cobertores, também nesta quinta-feira.

"Pessoas estão presas, gritando por ajuda, mas debaixo de imensos blocos que só poderão ser retirados por máquinas", disse David Lange, o diretor do grupo médico SurfAid, da Nova Zelândia, que está em Padang e diz ter escapado do desmoronamento do Hotel Ambacang. "Eu vi dezenas dos maiores edifícios caírem. A maior parte dos danos está concentrada no centro comercial, que estava lotado."

"Eu já passei por terremotos antes, mas esse foi o pior. Há sangue por toda a parte, pessoas com os corpos feridos. Nós vimos prédios caindo, gente morrendo", disse o americano Greg Hunt, 38, no aeroporto de Padang.

Moradores que passaram a noite ao relento sofreram nova onda de pânico com o terremoto ocorrido já na manhã desta quinta-feira.

Na cidade de Jambi, cerca de 1.100 prédios, incluindo mesquitas e casas, foram danificados, mas não há registro de vítimas.
 

Folha

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