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Moradores de rua viram guias turísticos da Londres dos sem-teto

Em Londres, um grupo de moradores de rua deixou os cobertores de lado e conseguiu um trabalho pouco provável: o de guia turístico. No passeio a pé, estão alguns dos principais pontos da capital inglesa. A diferença é que a programação é permeada por "atrações" inusitadas, como os lugares onde os sem-teto costumam dormir, e histórias da vida na rua.

São dois roteiros diferentes, um começa na London Bridge e outro, na Old Street, ambos na região central da cidade. Os turistas têm a chance de conhecer locais menos visitados, como o cemitério onde está enterrado o poeta inglês William Blake, e ver coisas pitorescas, como as janelas da casa onde vivia John Wesley, um dos fundadores da Igreja Metodista, fechadas com tijolos. "É que, até o século 19, era cobrado um imposto pela quantidade de iluminação natural que a casa recebia", afirma o irlandês Sean McDerby, "40 e poucos anos", um dos guias sem-teto da Old Street.

Logo em seguida, o seu colega, o letão Henri Sturmanis, 34, mostra a porta de um prédio onde vivem sem-teto forrada com moedas coladas: "É um protesto contra o capitalismo", diz.

Reinserção na sociedade

Curiosidades à parte, a ideia principal do projeto é colocar em contato dois mundos diferentes: o dos sem-teto e o do turista comum. A atividade faz parte do London Fringe Festival, evento cultural que reúne diversas ações na cidade durante o mês de agosto.

"Queríamos ajudar a reinserir essas pessoas na sociedade de uma forma criativa e sem paternalismo", diz Lidija Mavra, 28 anos, idealizadora do Unseen Tour (na tradução literal, "roteiro não visto"). Ela coordena a organização não-governamental The SockMob ("o grupo da meia").

"Quando comecei a fazer ações para ajudar moradores de rua, há sete anos, descobri que o que eles mais precisam é de meias, mas pouca gente sabe disso. Então, passei a arrecadar meias e o grupo ficou conhecido por isso", diz Lidija
 

 

UOL

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