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Magnata constrói casa com 27 andares avaliada em US$ 1 bilhão

Altamount Road, distrito de Peddar Road, sul de Mumbai. Uma das áreas mais luxuosas da capital comercial da Índia abriga a residência de Deepak Parekh, presidente da maior companhia de financiamento imobiliário do país, e o Hospital Jaslok, um dos maiores da cidade. Em meio às casas de alto padrão e às árvores que margeiam a costa do Mar da Arábia, uma construção de 27 andares se sobressai pela estética futurista e pela opulência, a apenas 6km do Taj Mahal Palace & Tower, o hotel famoso pelo estilo e por ter sido alvo de um atentado terrorista dois anos atrás. Ela pertence a Mukesh Ambani, magnata indiano de 53 anos, formado em engenharia química pela Universidade de Stanford, presidente da Reliance Industries — um conglomerado de empresas têxteis, petroquímicas e de prospecção de petróleo — e dono de uma fortuna avaliada em US$ 29 bilhões (cerca de R$ 49 bilhões). Ali, o empresário vive há cerca de duas semanas com a mulher, Nita, e com os filhos, Akash, Anant e Isha. A casa de Mukesh, chamada de Antilla (uma ilha mitológica no Oceano Índico), está avaliada em cerca de US$ 1 bilhão. Cada um dos 4.532 metros quadrados custa em torno de R$ 353 mil. A título de comparação, o metro quadrado na Asa Norte está cotado a pouco mais de R$ 9 mil.

O mundo particular dos Ambanis inclui cinema com 50 ""lugares, centro de saúde, piscinas, jardins suspensos, estacionamentos para 160 carros dispostos em seis andares, nove elevadores, três heliportos e pisos exclusivos para hóspedes (veja ao lado) e para os 600 empregados e serviçais. O projeto da residência mais cara do planeta leva a assinatura da empresa de arquitetos Perkins and Will, de Chicago. Do topo do prédio de 174m de altura, é possível ter uma vista magnífica do Mar da Arábia e perturbadora das favelas, que abrigam 55% da população de Mumbai — cerca de 7,4 milhões de pessoas. De acordo com a revista Business Review India, o lar dos Ambanis possui sistemas de segurança de alta eficiência e é monitorado por vários guardas de plantão 24 horas.

Em Peddar Road e em toda a cidade, a mansão de Mukesh é um dos assuntos principais nos círculos sociais. “As pessoas estão falando entre si e algumas estão aterrorizadas com o gasto dos Ambanis”, afirma ao Correio, pela internet, a empresária Bhairavi Sagar, de 34 anos, moradora de Mumbai. “A construção é muito opulenta e uma exibição vulgar de riqueza. Ela expõe os extremos da cidade”, observa a indiana, que prevê uma valorização exorbitante das propriedades no bairro. “É um desperdício de dinheiro, um bilhão que poderia fazer uma diferença enorme em meu país, fornecendo comida, roupas, abrigo e educação para tantos”, acrescenta. Em 2007, Mukesh já havia presenteado Nita com um “mimo”, um avião Airbus A-319 estimado em US$ 65 milhões. Bhairavi admite não ter gostado da estrutura da Antilla. “Ela é impressionante e moderna demais.”

Decisão pessoal

O médico K. S. (ele não quis ter o nome identificado porque conhece Mukesh) já atendeu os pais, irmãos e filhos do magnata e fez várias visitas à sua antiga residência. “Fiz consultas, raios-X e ultrassonografia”, conta à reportagem, também pela internet. Questionado sobre se vê a construção da casa de 27 andares como desperdício, ele desconversa. “É uma decisão pessoal, um grande lugar, com decoração espetacular. Além disso, o dinheiro é dele”, afirma. Para K.S., todas as pessoas são excêntricas, de um modo ou de outro.

Analista de recursos humanos, Anju A. Solanki, de 37 anos, concorda com o médico. “O dinheiro é de Mukesh e ele pode usá-lo como quiser”, diz, em entrevista pela internet. No entanto, ele questiona a razão de uma residência tão cara e grande. “Uma pessoa realmente precisa de um prédio de 27 andares para morar?”, indaga. Solanki descreve o lar dos Ambanis como “uma peça de trabalho impressionante” e acredita que todas as legislações de construção foram seguidas à risca. “Ele teve que esperar muito tempo até começar a erguer a Antilla”, lembra. O indiano conta que um dos filhos de Mukesh “é bem sensível” aos gastos do pai. Segundo o jornal The Times of India, o governo de Mumbai abriu investigação para apurar porque Mukesh ergueu uma muralha de 15m de altura ao redor da mansão, sem a permissão das autoridades.

 

Correio Braziliense

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