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Ickabog e a destruição de um país

No livro “O Ickabog”, a escritora J.K Rowling conta a história de um país rico, estável e próspero, chamado “Cornucópia”, que quase é destruído. “Ickabog” significa “a glória se foi”.

Fred, rei de Cornucópia, era vaidoso e queria se exaltar diante de outro rei. Então, pressionou tanto sua costureira, que estava doente, a fazer uma bela roupa a tal ponto que ela morreu. A filha da costureira, Daisy, acusou Fred de ser “egoísta, fútil e cruel”.

Ao norte de Cornucópia, contava-se que havia um monstro chamado Ickabog que comia pessoas e animais. O vaidoso rei Fred não aguentou ser chamado de cruel, então quis provar que era maravilhoso: partiu para destruir Ickabog. Deu tudo errado e o rei, depois de encontrar o monstro, ficou neurótico e voltou para seu castelo.

Seu principal conselheiro, chamado Cuspêncio, assumiu o controle do país em nome do rei. Ele estabeleceu uma ditadura total: criou pesados impostos para formar uma guarda para proteger o país de Ickabog, prendeu e assassinou opositores, controlou a opinião do povo e as informações que eram passadas por cartas. “A glória se foi”!

Depois de muitas reviravoltas, quatro jovens, fugindo da opressão, foram apanhados pelo Ickabog. Os jovens descobriram que o monstro era solitário e só queria proteger seus filhos. Então, os jovens convenceram o monstro a ir à capital do país para mostrar que não era uma ameaça, libertando o povo da opressão.

O final da história é de sacrifício e redenção. A união do povo permite derrubar a terrível opressão e os presos são julgados e condenados. A justiça é feita e a “glória” retorna ao país.

Duas são as lições de Rowling: 1) um país perde sua glória quando é subjugado por seus medos e entrega seu poder a uma elite opressora; e 2) a união do povo é capaz de superar suas dificuldades, depor tiranos e retomar a glória. Essa é a história da política e cabe a cada povo decidir qual das lições seguir.


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