Integrantes de grupos de homossexuais e civis protestaram neste sábado em Assunção para exigir a igualdade de direitos e repudiar o Governo do presidente, Federico Franco, que substituiu no cargo o destituído Fernando Lugo em junho.
Cerca de 200 pessoas participaram da nona marcha LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais), que este ano se realizou sob o lema "Orgulho e Resistência", e que teve seu ato central na frente do emblemático Panteão dos Heróis.
Os manifestantes realizaram uma breve passeata pelo centro da capital entoando palavras de ordem e empunhando cartazes e bandeiras, assim como caricaturas de Franco.
"Este ano particularmente a marcha é importante porque é de resistência, de luta contra o golpe parlamentar que rejeitamos e que acreditamos que é um retrocesso para nosso país e para nossa incipiente cultura democrática", disse à Agência Efe uma das integrantes do grupo "Fridas, Feministas Radicais", Nathalia Ferreira.
Domingo Centurión, do grupo Ñepyrú, da cidade de Coronel Oviedo, a 120 quilômetros ao leste da capital, expressou que o governante "teria que ter um discurso muito mais inclusivo ao ser representante de um país".
"Viemos exigir nossos direitos, a igualdade e o respeito. É um compromisso e uma emoção estar todo ano aqui", disse Centurión, relatando que nas cidades do interior do país torna-se muito mais difícil progredir perante "a discriminação e o estigma que existe na sociedade".
Também pediu às autoridades "as mesmas oportunidades do resto da população".
A passeata contou, além disso, com a participação de membros do Movimento Objeção de Consciência – contra o serviço militar obrigatório -, o Serviço Paz e Justiça e a Coordenadora de Direitos Humanos do Paraguai, entre outros.
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