Nove dias em um hotel quatro estrelas, em Cancún, no México, mas as lembranças não são nada boas. Um dia, quando voltaram para o quarto, o casal Evelyn e Gustavo sentiu falta de 450 dólares.
"Nesse dia, como nós resolvemos passar o dia na praia do hotel, a gente deixou o dinheiro todo dentro da bolsa e passamos o dia na piscina e na praia", conta Evelyn Morais, jornalista.
Eles resolveram deixar a câmera fotografia filmando o quarto. Nas imagens, um camareiro entra e parece comemorar. Ele mexe em objetos pessoais e chega a abrir uma bolsa. O hotel disse que o funcionário foi afastado, mas o casal não foi ressarcido.
Com Luciana e Fábio Sobral foi ainda pior. Eles comemoravam o aniversário de casamento na Argentina, e no último dia de viagem, encontraram o quarto do hotel vazio. As malas e o cofre, que ficava preso na parede, desapareceram. "Tinha dólares, todos os nossos documentos incluíndo passaporte, cartão de crédito habilitação, tinha tablets, celulares, tinha relógios", conta Sobral.
Na hora o casal relatou o problema ao hotel e chamou a polícia. "A gerente do hotel só apareceu no dia seguinte, mas disse que iria resolver assim que o seguro fizesse o reembolso. Um ano e meio depois ainda envio email pra eles, mas ninguém responde", relata.
O advogado Leonardo Muniz diz que o ideal é nunca deixar objetos de valor no quarto, mas se isso não for possível, o cofre é a melhor opção. “Usando o cofre do hotel, o hotel é responsável pela guarda desse bem de valor, e se acontecer algo ela será responsabilizada diretamente pela ocorrência, pelo furto, ou pelo desvio desse valor”, explica Leonardo Muniz, advogado.
Em caso de roubo ou furto é fundamental procurar a autoridade policial do país. O maior cuidado deve ser antes da viagem, na hora de fazer a reserva, é importante escolher um hotel que tenha representação comercial no Brasil. Caso aconteça algum problema, fica mais fácil cobrar o ressarcimento dos prejuízos, tanto pessoalmente, quanto na Justiça.
"Esses hoteis que tem uma rede credenciada mundial, são hoteis que tem uma credibilidade muito maior. Ficaria muito difícil demandar contra um hotel, uma empresa do exterior. Seria um processo caro, difícil, que não valeria à pena, em função dos custos desse processo judicial", completa.
Jornal Hoje
