Os funcionários do Royal Mail –o serviço público britânico de correio– iniciaram nesta quinta-feira a primeira greve nacional em dois anos, em protesto às condições trabalhistas e aos planos de modernização da empresa.
Cerca de 120 mil empregados devem participar da paralisação convocada pelo Sindicato de Empregados da Comunicação (CWU), depois que fracassaram na véspera as negociações com a direção do Royal Mail.
A direção da empresa se declarou aberta nesta quinta-feira a novas discussões na esperança de interromper um ação que considera totalmente injustificada e que vai prejudicar seriamente a entrega de correspondência no início do período natalino.
Para os líderes sindicais, o governo, em particular o ministro britânico de Empresa, Peter Mandelson, e a direção do Royal Mail são os responsáveis pelo fracasso nas conversas.
Segundo os dirigentes sindicais, Mandelson quer abalar as negociações porque acredita que não é possível contar com um serviço dos correios competitivo mantendo a titularidade pública.
O primeiro-ministro Gordon Brown pediu às duas partes que voltem a negociar suas diferenças, classificando a greve de "autodestrutiva". "Se mais clientes não utilizarem o Royal Mail, aumentará o desemprego, portanto isto é contraproducente", afirmou, em uma declaração.
"É preciso olhar o futuro do Royal Mail. Acho que conversando e negociando e, se for necessário, com a participação de um juiz, podemos encontrar uma solução para este problema".
Nos últimos meses, os empregados postais de diversas áreas do país, especialmente de Londres, entraram em greve, mas esta é a primeira que afeta todo o Reino Unido.
O CWU acusa ainda o Royal Mail de não esclarecer como o programa de modernização dos correios afetará as condições trabalhistas e, sobretudo, a segurança do trabalho, já que o sindicato teme que milhares de empregos sejam suprimidos.
Um dos aspectos que mais preocupa o CWU é a instalação de uma máquina organizadora de cartas –o que poderia levar ao corte de milhares de postos de trabalho e que estes sejam substituídos por empregos de meio expediente.
Há alguns meses, Brown voltou atrás na privatização do Royal Mail diante do descontentamento gerado nas bases de seu Partido Trabalhista.
Alternativas
Diante das frequentes greves no setor postal, nos últimos meses, várias empresas estão buscando outras alternativas.
A Federação de Pequenas Empresas estima que 70% das pequenas companhias do Reino Unido dependem do Royal Mail.
O governo indicou que se as greves se prolongarem existe um plano de contingência para a entrega fora de casa dos resultados de testes médicos e entrevistas de pacientes em hospitais.
Além disso, o Ministério da Defesa pode fretar um avião especial para assegurar que os soldados que estão no estrangeiro recebam suas cartas natalinas.
Folha
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