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Finalmente: Lixo ilegal retorna à Grã-Bretanha

Um navio transportando mais de 1.600 toneladas de lixo deixou o Brasil e partiu para a Grã-Bretanha na quarta-feira, de onde foi exportado de forma ilegal e falsamente declarado como plástico para reciclagem.

Os 89 contêineres de lixo, incluindo fraldas descartáveis, seringas usadas, restos de alimentos e partes de computadores, foram içados ao navio de carga MSC Oriane nas primeiras horas de quarta-feira no porto de Santos, o maior da América do Sul.

O episódio enfureceu muitos brasileiros e levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a criticar a Grã-Bretanha e os países desenvolvidos por pregar altos padrões ambientais, enquanto usam os países em desenvolvimento como depósito de lixo.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que levaria a questão ao ministro de Mudanças Climáticas da Grã-Bretanha, Ed Miliband, atualmente em visita oficial ao Brasil.

"Isto na verdade nunca se tornou um perigo à saúde porque nunca saiu do porto", disse Ingrid Oberg, chefe do Ibama em Santos, observando os contêineres de lixo serem transferidos para o navio.

"O perigo seria se tivesse sido jogado fora. Tinha um cheiro muito ruim, larvas e material em decomposição", disse ela.

Investigações criminais foram iniciadas na Grã-Bretanha e no Brasil para descobrir como os contêineres de lixo foram enviados este ano e no ano passado para Santos e para um outro porto no Sul do país. O Brasil multou as empresas que importaram e negociaram o lixo.

As empresas de importação afirmaram que esperavam por carregamentos de plástico reciclável. Mas mesmo a empresa que alertou as autoridades para o lixo foi multada, pois não tinha autorização para fazer reciclagem, disse Oberg.

A lei brasileira proíbe a importação de lixo doméstico para qualquer propósito, incluindo reciclagem.

A polícia britânica prendeu três homens no final de julho, mas não fez nenhuma acusação formal contra eles e os detidos foram liberados sob fiança após entregarem seus passaportes.

 

Estadão

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