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Crescente número de americanos acha que Obama é muçulmano

WASHINGTON, 19 Ago 2010 (AFP) -Quase dois anos depois da eleição de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos, um crescente número de americanos acredita que seu chefe de Estado é, na verdade, muçulmano, revela uma pesquisa do Pew Research Center divulgada nesta quinta-feira.
Apesar de Obama frequentar a igreja e ter reiterado publicamente sua fé cristã, quase 20% dos entrevistados disseram achar que o presidente pratica o islamismo, enquanto apenas 34% o identificaram corretamente como cristão, nível sensivelmente inferior ao de um ano atrás.

Já a porcentagem das pessoas que se dizem incertas sobre que religião Obama pratica aumentou para 43%, contra 34% no ano passado.

A pesquisa descobriu que um terço dos republicanos conservadores considera que Obama é muçulmano, cifra que praticamente duplicou em relação à medição passada.

A fé do presidente também foi identificada incorretamente por um crescente número de democratas e independentes, de acordo com a pesquisa realizada entre 21 de julho e 3 de agosto com 3.003 pessoas.

Dezoito por cento dos eleitores independentes disseram achar que Obama é muçulmano, oito pontos percentuais a mais que a medição anterior, enquanto que menos da metade dos seguidores democratas do presidente acredita que ele é cristão.

Dos entrevistados que disseram achar que Obama era muçulmano, 60% afirmaram ter se informado sobre a fé do presidente através dos meios de comunicação.

Mas funcionários da Casa Branca disseram ao jornal The Washington Post que a percepção equivocada sobre a religião que pratica o presidente é produto de campanhas de desinformação impulsionadas pela oposição.

"Enquanto o presidente é diligente e comprometido pessoalmente com sua fé cristã, há gente que tenta divulgar falsidades sobre ele, seus valores e suas crenças", afirmou seu assessor religioso, Joshua DuBois.

A pesquisa foi realizada antes de Obama entrar na delicada questão da semana passada sobre os planos para construir uma mesquita a poucas quadras de onde se localizavam as Torres Gêmeas de Nova York, derrubadas nos ataques de 11 de setembro de 2001.

Na quarta-feira, Obama afirmou não se arrepender de ter defendido o direito de muçulmanos construírem a mesquita.

"A resposta é: sem arrependimento", declarou Obama, incisivo, ao microfone do canal de televisão NBC.

Obama defendeu, na sexta-feira passada, o direito de erguer uma mesquita em nome da liberdade de culto garantida pela Constituição.

As declarações provocaram uma tempestade midiática e abalou famílias das vítimas de atentados, enquanto inúmeros membros da oposição republicana, incluindo a antiga candidata à vice-presidência Sarah Palin, se aproveitaram da situação para acusar o presidente de estar desconectado do resto da população.

Mesmo aliados de Obama, como o líder democrata Harry Reid, distanciaram-se dele neste assunto, temendo as consequências da polêmica em sua popularidade, a dois meses e meio das eleições legislativas consideradas cruciais.

 

Terra

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