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Ator pornô acusado de esquartejar namorado vai a julgamento

O ator pornô Luka Rocco Magnotta — que ficou conhecido como "o esquartejador do Canadá", detido em Berlim pelo suposto assassino de um estudante chinês em Montreal– será apresentado diante de um juiz de instrução nesta terça-feira, enquanto as autoridades analisam seu pedido de extradição ao Canadá.

Um porta-voz da Promotoria berlinense anunciou que Magnotta também deverá ser transferido ainda hoje para uma prisão de Moabit, no centro de Berlim, onde deverá esperar seu processo de extradição.

A promotoria também reconhece que se trata de um caso legalmente complicado, que a Justiça alemã analisa uma solicitação formal de extradição por parte das autoridades canadenses e que a detenção de Magnotta aconteceu com base em uma ordem internacional de busca da Interpol.

Magnotta foi detido em um cibercafé da capital alemã após ser reconhecido pelo gerente do local, que alertou uma patrulha que passava casualmente na frente do comércio.

Em declaração à imprensa local, Kadir Anlayisli, gerente do cibercafé, confessou que, após reconhecer o suposto assassino, ficou com "pouco de medo" e disse que não fez "mais do que cumprir um dever".

Anlayisli também declarou que o suposto assassino tentou enganar os agentes apresentando uma falsa identidade, mas, pouco depois, acabou se entregando sem oferecer resistência.

PESQUISA NA INTERNET

Magnotta chamou atenção de Anlayisli ao começar consultar informações na internet sobre si mesmo e sua fuga do Canadá. As imagens da câmara do cibercafé, que registram o momento da prisão de Magnotta, acabaram na internet e foram divulgadas por TVs do mundo todo.

O ator pornô canadense teria assassinado e esquartejado um estudante chinês de 32 anos no Canadá. Posteriormente, ele ainda teria lançado um vídeo com imagens do crime na internet, e pedaços do corpo da vítima para grupos políticos.

Na última quinta (31), a Interpol pôs o ator pornô, cujo nome original é Eric Clinton Kirk Newman, na lista de delinquentes mais procurados.

Magnotta, que também era conhecido pelo nome de Vladimir Romanov, trabalhava na indústria do cinema pornográfico e, segundo a imprensa canadense, tinha mantido relações sexuais com a vítima.

De acordo com a imprensa canadense, o suposto assassino, que era bissexual e chegou a se prostituir com o codinome "Angel", mudava habitualmente de imagem com maquiagem, diferentes cores de cabelo, e até mesmo cirurgias plásticas.

Folha Online

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