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Vitória da seleção faz esquecer retranca

A nova seleção brasileira de Mano Menezes estreou nesta terça-feira (10) com vitória por 2 a 0 sobre os Estados Unidos e deixou para trás as principais características do time de Dunga. Logo no primeiro jogo as diferenças entre os dois técnicos e seus times, dentro e fora de campo, fizeram o torcedor esquecer o mau humor e a retranca vistos na última Copa do Mundo, na África do Sul.

Com Dunga, respostas atravessadas, xingamentos e cara fechada faziam parte da rotina. Jogadores tinham medo de falar. O futebol não tinha dribles. Só que na primeira partida com Mano Menezes, o ambiente na seleção foi outro. Além da tranqüilidade do treinador na hora da convocação e das entrevistas, o futebol ofensivo e o resultado dentro de campo mostraram que o Brasil superou o fracasso e a falta de alegria pregados pelo antigo técnico.

Tanto é que o mesmo adversário que abriu 2 a 0 e quase venceu o Brasil na final da Copa das Confederações em 2009, nesta terça praticamente não jogou. Naquele jogo de uma ano atrás, o Brasil de Dunga conseguiu a virada sobre os Estados Unidos mas dependeu de gols de Lúcio e Daniel Alves, ambos defensores, para conquistar a taça.

Com Mano, a história tem sido diferente. Pra começar, o placar feito nesta terça contra o time americano veio com gols de Pato e Neymar, dois atacantes. Nada de sustos. E poderia ter sido mais, porque Ganso e Robinho mandaram bolas na trave, uma cada. O Brasil prendeu a bola do meio-campo para a frente e não deu espaço. O time da casa pouco fez contra uma equipe de toque de bola rápido e futebol bonito.

A convocação de jogadores que atuam no país também é um ponto favorável para que a torcida volte a ter identificação com a seleção. Além do goleiro Victor, do Grêmio, os mesmos jogadores que levaram o Santos ao título da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista foram os responsáveis pelas principais jogadas de ataque da equipe. Robinho, Neymar e Ganso puderam usar o entrosamento adquirido no primeiro semestre no time paulista para confundir a defesa adversária.

Neymar e Ganso, aliás, foram os principais nomes sugeridos pelos torcedores na Copa da África. Dunga preferiu não dar oportunidade aos jovens. Agora, os brasileiros puderam vibrar com os dois jogadores que mais impressionaram no futebol brasileiro.

Além da melhora em campo, o jeito simples e calmo de Mano Menezes tem sido um alívio até para a CBF nos bastidores. Logo na primeira convocação, Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da entidade, fez questão de alfinetar Dunga e ressaltar no fim da entrevista do novo técnico que a atividade havia sido tranquila, o que não acontecia antes. Até agora, a renovação na seleção brasileira tem sido positiva dentro e fora de campo.
 

R7

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