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Seleção supera catimba, vira sobre Cuba e vê semi perto

Em um dos grandes testes da Seleção Brasileira até agora neste Mundial Feminino de Vôlei, as comandadas de José Roberto Guimarãees mostraram muita experiência e calma para superar provocações e pancadas da adversária e passar pelo time de Cuba por 3 sets a 1, com parciais de 23/25, 25/20, 25/13 e 25/18, neste domingo, em Nagoya.

Com uma torcida em sua maioria formado por brasileiros, que apoiaram a equipe desde sua entrada em quadra, o Brasil começou a partida meio perdido e não encontrava forma de passar pelo bloqueio cubano. Apesar de uma reação impressionante, não conseguiu evitar a derrota.

Porém, a partir do segundo set, a equipe mostrou o desempenho que vem justificando a invencibilidade no torneio, até então, e com uma vibração acima do normal de jogadoras como Jaqueline e Fabiana conseguiu virar o jogo ao seu favor e sair vencedora.

Inspiradas pela presença da ex-jogadora Regla Torres no banco de reservas, as cubanas bem que tentaram reviver o clima de provocação e catimba das duas equipes na década de 90.

Mas a tranquilidade e o foco das jogadoras brasileiras evitaram brigas e confusões ao longo da partida. Com mais esse resultado positivo, a Seleção precisa de apenas uma vitória nos próximos dois confrontos (contra Alemanha e Estados Unidos) para se garantir na semifinal.

O jogo

O Brasil começou a partida muito bem abrindo 3 a 0 no placar através dos bons saques de Thaisa, que complicou a recepção de Cuba. No saque de Natália, a Seleção viveu outro bom momento. Com um ace da camisa 12, o time verde e amarelo abriu 6 a 2. Com a larga vantagem imposta pelo Brasil, Cuba acordou na partida e depois de um erro de recepção da líbero Fabi e de um contra-ataque de Sanchez, mais perigosa jogadora caribenha no início da partida, as rivais diminuíram a diferença para 6 a 5. Mesmo assim, o time comandado por Zé Roberto chegou na primeira parada técnica na frente: 8 a 7.

A Seleção sofria com o saque cubano e viu as caribenhas virarem a partida no saque de Sanchez. Primeiro com um ace, depois em um lance de muito azar, no qual Thaisa atacou com força, a defesa cubana defendeu e acabou voltando para o fundo da quadra das brasileiras, pegando Fabi desprevenida. Depois de mais um ace, desta vez de Silie, as cubanas abriram 12 a 9, o que fez o técnico Zé Roberto parar o jogo para consertar o que estava errado.

Os conselhos do comandante não foram suficientes. A levantadora Fabíola tentava explorar a ponteira Natália no ataque, mas diferente dos outros jogos, a camisa 12 parava com frequência no bloqueio cubano. Na segunda parada técnica, a vantagem cubana era de quatro pontos: 16 a 12. Zé Roberto tentava consertar o time como podia e entrou com a experiente Sassá no lugar de Natália para melhorar um pouco o passe, quando a Seleção perdia por 20 a 14.

Mas foram Jaqueline e Fabíola, que já estavam em quadra, que começaram a fazer a diferença. Com os ataques da ponteira e o saque da levantadora, a equipe diminui a desvantagem que chegou a ser de oito pontos para dois: 23 a 21, o que fez o técnico cubano Juan Gala parar o jogo. A bela reação brasileira, porém, não foi suficiente e em um ataque de Palacios, as cubanas fecharam em 25 a 23.

Motivadas pelo belo final no primeiro set, a Seleção começou bem o início da segunda parcial. Com bons desempenhos de Natália e Sheilla, que estavam mal na partida até aquele momento, o time verde e amarelo abriu 6 a 3. Em um ataque de Jaqueline, o Brasil chegou a primeira parada técnica com 8 a 5. Com a motivação bem diferente do que se viu no primeiro set, a equipe dominava a parcial e em um bloqueio triplo abriu 12 a 8. O desempenho em quadra era refletido nas arquibancadas do Nippon Gaishi Hall. Com uma maioria de torcedores brasileiros, o ginásio começou a apoiar com ainda mais força as jogadoras.

A seleção cubana mostrava até um certo abatimento e com mais um bloqueio, o Brasil chegou à segunda parada técnica com 16 a 10 no marcador. A conversa com o treinador Juan Gala deu uma acordada nas caribenhas. No saque de Sanchez, elas quebraram a recepção brasileira e diminuíram para 18 a 15. A experiência da Seleção, porém, falou mais alto. Sabendo dominar as ações, o time igualou a partida fazendo 25 a 20, em um ataque de Jaqueline, explorando o bloqueio.

O terceiro set começou com o Brasil abrindo vantagem no placar. Com um ataque de Fabiana no meio, o time fez 5 a 2. A seleção cubana já sofria para encontrar as principais jogadoras do Brasil. Na primeira parada técnica, a pontuação seguia marcando três pontos de diferença, depois de um ataque de Natália na diagonal: 8 a 5. Mostrando sentir o baque de tomar a virada, as cubanas sofreram através do saque de Fabíola, que fez o Brasil marcar cinco pontos seguidos: 14 a 7.

Com o bloqueio funcionando bem e em um jogo muito bom da meio de rede Fabiana, a Seleção só ia abrindo distância. No saque de Natália, mais uma bela sequência de pontos seguidos levaram a equipe a abrir 22 a 11. Sem conseguir vencer na parte técnica, as cubanas passaram a tentar tirar o controle das brasileiras com provocações.

Experiente, Fabi acalmou o time verde e amarelo: "deixa elas falarem, deixa elas falarem", dizia a líbero para as colegas. Seguindo o conselho da jogadora, o time manteve a calma e em um ataque de Jaqueline fechou o set em tranquilos 25 a 13.

O quarto set começou bastante complicado para o Brasil. Relembrando os erros e as dificuldades para passar pelo bloqueio cubano, como já havia acontecido na primeira parcial, a equipe verde e amarela chegou na parada técnica com uma desvantagem de 8 a 3 no placar.

Se no primeiro set nada adiantou, no quarto os conselhos de Zé Roberto deram resultado e em mais uma bela reação, o time virou para 9 a 8, em um bloqueio da ponteira Natália. Mais uma vez no saque de Fabíola, o Brasil conseguiu dominar a partida e foi para a segunda parada técnica com 16 a 13. As cubanas desistiram até das provocações e não precisou de muito trabalho para a Seleção vencer sua sétima partida na competição.
 

Terra

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