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Freguês: quando jogador, Jorginho busca revanche contra Schelotto

 As trajetórias de Jorginho e Guilhermo Barros Schelotto voltam a se cruzar após 12 anos. Na última vez estiveram frente a frente, calçavam chuteiras e corriam atrás da bola. Agora, estão do lado de fora. Em vez de piques, gritos e gestos. Quando jogadores, o atual técnico da Ponte Preta, então lateral-direito, foi ‘freguês’ do treinador do Lanús, ex-atacante rápido e goleador. A final da Sul-Americana, a partir desta quarta-feira, é a chance de o brasileiro se vingar. Os dois buscam o título para dar um salto na nova carreira. Para Jorginho, representaria a primeira conquista como treinador no Brasil. No caso de Schelotto, a taça coroaria o primeiro trabalho na função.

Foram quatro confrontos na época de atletas. Em todos, Schelotto vestia a camisa do Boca Juniors. Jorginho defendia o São Paulo nas duas primeiras oportunidades e o Vasco da Gama nas duas últimas. O retrospecto é altamente favorável para o hermano, que está invicto contra o brasileiro. Foram três vitórias e um empate, com seis gols.

O primeiro capítulo da história entre Jorginho e Schelotto foi também o mais desigual. Pelo turno da fase de grupos de Copa Conmebol de 1999, o Boca de Schelotto goleou o São Paulo de Jorginho por 5 a 1, na Argentina. O então atacante teve atuação de gala e marcou três vezes. Na volta, no Morumbi, o único ponto conquistado por Jorginho contra Schelotto: 1 a 1.

Dois anos depois, o encontro aconteceu pelas quartas de final da Libertadores de 2001. Schelotto foi novamente decisivo. No Rio de Janeiro, pelo duelo de ida, garantiu a vitória argentina por 1 a 0. Na volta, ajudou a sacramentar a eliminação cruzmaltina com dois gols no triunfo por 3 a 0 do Boca.

Os resultados refletiam os momentos dos times e também de Jorginho e Schelotto à época. O Boca vivia uma fase de ouro. Levou as Libertadores de 2000, 2001 e 2003, além de ser campeão mundial no Japão em 2000.

Individualmente, o argentino também estava no auge e era considerado um dos melhores atacantes da América do Sul no período. Jorginho, por outro lado, estava no fim da carreira. Foi em 2001, aliás, que pendurou as chuteiras, pelo Fluminense. As lembranças dos duelos com Schelotto ainda estão na memória do tetracampeão.

– Ele era um jogador muito perigoso, sempre dava muito trabalho. Era rápido, habilidoso, além de ter saber usar muito bem a malandragem. Agora, também está se mostrando um treinador inteligente, com muita noção tática. Com certeza, continua um adversário complicado – disse.

Depois desta quarta-feira, no Pacaembu, a partir das 21h50, Ponte e Lanús fazem o jogo decisivo dia 11, na Argentina. Em números, não há chance de Jorginho igualar Schelotto no duelo particular. Mas um título, pela sua importância, diminuiria moralmente a desigualdade no retrospecto.

Globo.com

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