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Dirigente do CSP diz que MPPB é contra o futebol na Paraíba

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) está preocupado com a iminente retomada do Campeonato Paraibano, marcada para daqui a pouco mais de três semanas, no dia 18 de julho. Por isso, por meio do Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (Nudetor) e do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), pediu explicações à Federação Paraibana de Futebol (FPF), que foi quem, junto com os clubes da 1ª divisão, estabeleceu essa data, com finalização da competição prevista para 9 de agosto. Neste sentido o Nudetor e o Procon baixaram uma portaria conjunta através da qual solicitam da FPF algumas informações que julgam de extrema relevância em meio a essa intenção de retomada do principal campeonato de futebol da Paraíba. Mais tais medidas causaram divergências e surpresas, como para o presidente do CSP, Josivaldo Alves, que disse que o MP vem se comportando como se fosse contra o futebol da Paraíba, nos últimos anos.

“Ora, nós sabemos que os membros do MP são humanos e suscetíveis a erros, mas porque as cobranças são sempre aos clubes e não lutam pelos nossos direitos. Por que o órgão não cobra das instituições que devem aos clubes? Por que não forçam os nossos devedores a cumprirem a lei e pagarem o que nos devem? Parece até que o futebol é o câncer da nação, quando na verdade é o maior entretenimento do brasileiro, seja para praticar ou para assistir. Desta forma, os clubes vão falir e muita gente vai perder emprego, pais de famílias etc. É uma questão social, mas ninguém ver isso. Na hora de cobrar sempre chegam às vésperas das competições”, disse Josivaldo Alves.

O presidente do CSP disse ainda que soube que a Secretaria de Saúde do Estado iria disponibilizar os testes para covid-19, exigidos no protocolo, para aqueles clubes que não tinham ainda conseguido, e não o fez por causa da interferência do Ministério Público. “Até nisso nós somos prejudicados. Nós iríamos ter os testes, porque não podemos pagar. Outra coisa, a FPF, que resolveu atender ao pedido da CBF de paralisar o Campeonato Paraibano, antes do que deveria, que busque junto a essa própria CBF, a ajuda agora para reparar os prejuízos dos clubes. A competição poderia ter ido até o final da fase de classificação, quando a pandemia ainda não tinha atingido o Estado. Se tivesse feito isso, apenas 4 clubes hoje estariam na competição e os demais estariam livres de novas despesas. Agora, estamos todos pagando por isso”, comentou.

Entre as explicações solicitadas à Federação, estão as seguintes, que precisam ser dadas ao Ministério Público dentro de um prazo de cinco dias a partir da notificação:

  • Informações sobre os protocolos de prevenção a serem adotados para evitar a contaminação pela Covid-19 em eventual retorno do campeonato de futebol;
  • Como estão sendo controlados os exames para detecção da doença nos jogadores e na comissão técnica dos clubes;
  • A relação dos estádios que presumidamente serão utilizados nos jogos deste ano;
  • Quais clubes estão realizando testes nos jogadores e comissão técnica;
  • Quantas pessoas – dentre jogadores e membros da comissão técnica – tiveram resultado positivo para a Covid-19, discriminando as quantidades por clube.

O coordenador do Nudetor, o procurador de Justiça Valberto Lira, já havia se manifestado contrário ao retorno do Campeonato Paraibano neste momento. Para ele, retomar a competição em meio à “situação de emergência” em saúde vivida pela Paraíba gera risco à saúde e à vida dos envolvidos. Porque, no seu entendimento, mesmo que as partidas aconteçam sem a presença do torcedor nas arquibancadas, essa retomada da competição vai incentivar a aglomeração de pessoas no entorno das praças esportivas em dias de jogos e a possível quebra das regras de isolamento social e outras regras de prevenção à Covid-19.

Redação

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