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Derrotada no tribunal, Ferrari menospreza novas equipes e chama F-1 de GP3

A Ferrari, que teve sua apelação contra o regulamento de 2010 da F-1 rejeitada nesta quarta-feira, atacou as novas escuderias que pretendem ingressar na categoria devido ao teto orçamentário de 40 milhões de libras (cerca de R$ 126 milhões) e disse que o campeonato poderia se tornar uma "F-GP3".

Segundo o site da revista inglesa "Autosport", Wirth Research (de Nick Wirth, ex-chefe da extinta equipe Simtek), Epsilon Euskadi (escuderia espanhola que corre na Le Mans Series e World Series da Renault), RML (inglesa, da Le Mans Series e também parceira da Chevrolet no WTCC –Mundial de Turismo da FIA), a Campos (da GP2) e a Formtech pretendem ingressar na F-1 em 2010.

Além destas cinco equipes, a construtora Lola, a equipe iSport (também da GP2), a Litespeed (F-3 inglesa), a Prodrive (de David Richards, ex-dirigente de Benetton e BAR) e a norte-americana USGPE também já manifestaram interesse em entrar na categoria por conta do limite orçamentário.

A Ferrari, no entanto, desprezou o interesse dessas escuderias. "As pessoas que trabalham na Ferrari quase não acreditaram no que viram quando leram os jornais dessa manhã e descobriram os nomes das equipes que declararam interesse em correr na F-1 no próximo ano", informa um comunicado oficial da escuderia.

"Olhando para a lista, que vazou ontem em Paris, você não consegue achar um nome famoso, que gaste 400 euros por pessoa por um lugar nas arquibancadas de um GP –mais as despesas da viagem e estadia", continua a Ferrari.

"Wirth Research, Lola, USF1 [que deve se chamar USGPE], Epsilon Euskadi, RML, Formtech, Campos, iSport: esses são os nomes das equipes que devem competir na F-1 de duas classes pretendida por Max Mosley [presidente da FIA]."

"Pode um Mundial com equipes como essas –com o devido respeito– ter o mesmo valor da F-1 de hoje, onde a Ferrari, grande construtora de carros que criou a história deste esporte, compete? Não seria mais apropriada chamá-la de F-GP3?", finaliza o comunicado, em alusão a uma categoria que seria ainda inferior à GP2 –espécie de "categoria de base" da F-1.

Hoje, a escuderia italiana, que conta com os pilotos Felipe Massa e Kimi Raikkonen, também iniciou sua preparação em Mônaco para o GP do próximo domingo, sexta etapa do Mundial-2009.

FIA

Mosley, por sua vez, festejou a decisão da Justiça e fez críticas à Ferrari nesta quarta. "Nenhum competidor deve colocar seus interesses acima dos interesses do esporte em que competem", disse o dirigente.

"A FIA, as equipes e nossos parceiros comerciais agora continuarão trabalhando para garantir o bem-estar da F-1", concluiu Mosley

Impasse

Apesar de a FIA ter realizado uma reunião com as escuderias na última sexta-feira, que contou com a presença da FOM (Gerência da F-1, que cuida dos direitos comerciais da categoria), as partes não chegaram a um acordo, e Max Mosley descartou a possibilidade de vetar o limite orçamentário.

O prazo de inscrição para o próximo Mundial é 29 de maio. Ferrari e Renault disseram publicamente que abandonarão a F-1 se as regras não forem alteradas. BMW Sauber, Red Bull, Toro Rosso e Toyota também fizeram ameaças semelhantes.

A maior reclamação das escuderias diz respeito ao fato de que o teto irá gerar dois regulamentos diferentes na categoria –um para os times que adotarem o limite e outro para os que rejeitarem.

Segundo o que foi definido pela FIA, o time que se submeter ao teto receberá vantagens técnicas, como utilizar asas móveis e contar com um motor sem limite de giros, além de poder testar seus carros durante todo o ano e usar um Kers (sistema de recuperação de energia cinética) duas vezes mais potente.

 

 

 

Folha

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