Depois que o Rei Pelé recebeu, por acaso, a camisa 10 na Copa do Mundo de 1958, e ainda gravou seu nome na história, foi praticamente instituída a regra de que o craque do time deveria usar tal número. Ao longo do tempo, essa função coube aos meias, cada vez mais rareados no futebol brasileiro.
Na seleção brasileira sub-20, que disputará o Mundial da categoria no Egito, quantidade e muito menos qualidade são problemas. Tanto que o técnico Rogério Lourenço adaptou o esquema às peças, e não o inverso.
Paulo Henrique “Ganso”, do Santos, Giuliano, do Inter, e Alex Teixeira, do Vasco, são mesmo o “carro-chefe” do time, que ainda conta com Douglas Costa, do Grêmio, e Boquita, do Corinthians.
O meio-campo é o nosso ponto forte e é o que vai fazer diferença na competição. É do perfil da seleção brasileira ter jogadores talentosos. Ainda assim, muita gente boa ficou de fora, mas a gente só pode levar 21 – afirmou Rogério Lourenço.
A camisa 10, de fato, será de Giuliano, que deixou o Colorado em ótima fase. O que não quer dizer que Alex Teixeira, com a 7, e Paulo Henrique “Ganso”, com a 11, se privem de suas principais características. Atacar e defender num esquema um pouco diferente dos tradicionais: o 4-2-3-1.
– É muito bom estar jogando nessa formação, pois tanto comigo, como com o Ganso e o Alex se tem facilidade para a criação. Ao mesmo tempo que também chegamos na área para não deixar o (Alan) Kardec sozinho. Além de que ajuda também os volantes, porque quando temos a posse de bola ele já vê três opções próximas a ele – analisou Giuliano.
Fora do Sul-Americano em janeiro e dos torneios preparatórios recentes, Ganso em campo mostrou por que o Santos resistiu tanto em liberá-lo. E chega ao Egito com muitas esperanças depositadas.
– É um moral muito importante que estão colocando em mim. Fico feliz e confiante, esperando render bem. Mas o bom é que ainda tem o Boquita e o Douglas Costa no banco de luxo fazendo uma sombra para nos ajudar – disse.
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