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Brasil enfrenta a Itália para confirmar liderança e alegrar o povo

 Com as duas equipes já garantidas nas semifinais, Brasil e Itália fazem o clássico da última rodada do Grupo A da Copa das Confederações neste sábado, às 16h (de Brasília), Arena Fonte Nova, em Salvador (BA). Os dois times dividem a liderança com seis pontos, mas por levar vantagem nos critérios de desempate o Brasil joga pelo empate para assegurar a primeira posição e, por cosequência, praticamente escapar de pegar a favorita Espanha antes de uma possível decisão. Até o momento os canarinhos derrotaram o Japão por 3 a 0 e o México por 2 a 0. Já os italianos bateram os mexicanos por 2 a 1, e penaram para superar os japoneses: 4 a 3.

Luiz Felipe Scolari, técnico da Seleção Brasileira, sabe da importância deste jogo para entender melhor o que esperar de sua equipe na reta final da competição. A Itália, com toda a certeza, será o adversário mais difícil que o Brasil vai encontrar nesta fase e, portanto, é um termômetro importante projetando as semifinais.

– A nossa equipe está se comportando bem nesta Copa das Confederações e estamos satisfeitos com o que observamos até este momento. Mas sabemos que tem questões que precisam ser vistas, como a proteção dos laterais, por exemplo. Acredito que teremos um jogo muito importante contra a Itália e que pode nos dar força para seguirmos na competição rumo à final – disse Felipão.

Os jogadores brasileiros esperam uma partida muito complicada contra a Itália. Tendo jogado muitos anos no futebol italiano, o goleiro Julio César tem consciência dos obstáculos a serem superados

– Nós vamos encontrar um time que vem tocando muito bem a bola, com paciência e sempre esperando o momento certo de buscar o gol. Além disso, eles têm um sistema defensivo muito sólido. Mas a Seleção Brasileira está acostumada a lidar com esse tipo de situação. Também temos as nossas virtudes e a consciência de que podemos ganhar a partida – disse Julio Cesar.

Uma vitória sobre a Itália na Arena Fonte Nova garantirá a primeira colocação do grupo A da Copa das Confederações, Além de garantir 100% de aproveitamento na competição, uma vitória neste sábado ajudará a alegrar parte da população revoltada. A opinião é compartilhada por muitos dos seus comandados.

– O País está atravessando um momento complicado, e a Seleção pode, sim, ser uma pequena válvula de escape para tudo o que está acontecendo -, bradou, um dos líderes do elenco.

Ele foi um dos jogadores que mais se motivaram com o gesto patriótico do público brasileiro no Castelão, que continuou a cantar o Hino Nacional com bastante disposição mesmo após a música parar de soar dos alto-falantes antes da vitória. Mas o goleiro não foi o único líder do elenco que mostrou apoio às reivindicações de parte da sociedade brasileira.

Outras referências da Seleção, como o atacante Neymar e o zagueiro David Luiz, também se manifestaram favoráveis a protestos pacíficos. Do lado de fora da Fonte Nova, no entanto, é possível que as cenas de violência entre policiais e populares dos jogos anteriores se repitam.

Teoricamente, a Seleção tem totais condições de fazer a sua parte para ajudar a acalmar os ânimos. A equipe realmente está em evolução, como gosta de frisar Felipão, e passou a finalmente contar com o poder de decisão de Neymar. Autor de dois gols no torneio (assim como o reserva Jô), o astro do Barcelona conduziu o seu time aos 6 pontos no grupo A.

Para este compromisso Felipão não quis antecipar o time, mas mudanças acontecerão. O lateral direito Daniel Alves e o zagueiro Thiago Silva, pendurados com dois cartões amarelos, deverão ser preservados. Assim, o volante Jean atuará improvisado na lateral, enquanto que Dante ganha chance na zaga. Outro zagueiro titular, David Luiz fraturou o nariz e pode ser poupado. Nesse caso, Réver está de sobreaviso. Se recuperando de entorse no tornozelo direito, o volante Paulinho vai dar a vaga a Hernanes.

Pelo lado da Itália, o técnico Cesare Prandelli prevê sérios problemas para a sua equipe.

– Sabemos que não vamos encontrar vida fácil. É muito complicado enfrentar o Brasil, que tem grandes jogadores, capazes de decidir a partida em um único lance, e, ainda por cima, jogando em casa e motivado por duas boas vitórias. A nossa missão é ingrata, mas temos condições de fazermos uma grande partida, pois nosso time está equilibrado e sabe muito bem o que precisa fazer dentro de campo. Se estivermos em um bom dia a balança pode acabar pesando a nosso favor – afirmou o treinador da Azzurra.

Os jogadores italianos também analisaram a partida e, principalmente, a missão de terem que neutralizar um dos melhores jogadores em atividade no futebol mundial: Neymar.

– Enfrentar a Seleção Brasileira é sempre complicado, ainda mais com seus bons jogadores atravessando um grande momento. O Neymar é sim uma grande preocupação, mas não é a única que vamos ter neste sábado. Não podemos nos preocupar apenas com o Neymar e esquecermos dos demais atletas que podem decidir a partida pelo Brasil – disse o meia Giaccherini.

Em termos de escalação a Itália não deverá preservar seus titulares, nem mesmo os pendurados, pois prefere valorizar o fato de o duelo com o Brasil ser um clássico. Porém mudanças vão acontecer em relação ao jogo contra o Japão. O meia Marchisio entra na vaga do volante De Rossi, suspenso por acúmulo de cartões amarelos. Porém o principal desfalque é o maestro do meio-de-campo, Pirlo, vetado por conta de um edema na panturrilha direita. Assim, o atacante El Shaarawy deverá ganhar uma chance, com o esquema variando do 4-5-1 para o 4-4-2.

 

 

Gazeta Esportiva

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