O bom relacionamento" de Dunga com a Argentina ganhou mais um capítulo neste sábado. Em seu primeiro clássico no retorno ao comando da Seleção Brasileira, o treinador somou mais uma vitória sobre o arquirrival: 2 a 0 em Pequim, com dois gols de Diego Tardelli. Foi o terceiro triunfo em três jogos do técnico nesta nova fase, ainda sem sofrer gols.
Em sua primeira passagem pela Seleção, Dunga conquistou vitórias marcantes contra a Argentina. Em 2006, ganhou amistoso por 3 a 0 em Londres; na final da Copa América de 2007, com um time sem as principais estrelas, aplicou outro 3 a 0 sobre o rival e foi campeão; nas Eliminatórias da Copa, venceu por 3 a 1 em Buenos Aires. Saldo amplamente favorável, apesar dos 3 a 0 sofridos para os argentinos na semifinal da Olimpíada de 2008, justamente em Pequim.
Depois da conquista do tricampeonato do Superclássico das Américas, o próximo jogo do Brasil acontece contra o Japão, em Cingapura, na próxima terça-feira. A equipe nacional encerra o ano com outros dois amistosos, diante de Turquia e Áustria.
Argentina começa pressionando, mas Brasil sai na frente
Com Di María comandando as ações no meio-campo, a Argentina começou o jogo muito melhor que o Brasil. O time de Tata Martino dominava a posse de bola – chegou a mais de 65% – e não deixava a Seleção sair jogando. O time de Dunga se segurava bem na defesa, mas teve sorte em um pênalti não marcado sobre Agüero.
Quem saiu na frente, porém, foi o Brasil, aproveitando um erro bisonho da zaga argentina em um lance isolado. Após bola levantada na área aos 27min, Fernández e Zabaleta bateram cabeça e deixaram a bola sobrar limpa para Diego Tardelli; o camisa 9 pegou de primeira, com categoria, e venceu o goleiro Romero.
Neymar e Messi vão mal e perdem chances
Capitães e camisas 10 dos dois times, os astros Neymar e Messi tiveram noites bem abaixo da média. Ainda no primeiro tempo, os craques perderam gols que não costumam: Neymar ganhou na velocidade de Demichelis e finalizou fraco e torto; a bola nem chegaria ao gol, mas foi cortada pela zaga. Já Messi teve um erro ainda mais grave quando o árbitro inventou um pênalti em Di María: o ídolo argentino bateu rasteiro e parou em ótima defesa de Jefferson.
Brasil cresce no segundo tempo e faz na bola parada
No segundo tempo, o domínio argentino foi embora, e o Brasil passou a mandar no jogo usando armas já conhecidas da época de Felipão: marcação feroz, contra-ataque rápido e força na bola parada. O maior susto foi quando Miranda tentou isolar e foi desarmado por Di María, mas o zagueiro do Atlético de Madrid se recuperou de forma espetacular para impedir o gol argentino.
Aos 18min, o Brasil ampliou em cobrança de escanteio, que David Luiz desviou e Diego Tardelli, livre na segunda trave, completou para as redes. A Seleção criou outras ótimas chances em contragolpes, e Neymar e Willian desperdiçaram oportunidades dentro da área. Já Messi e companhia tentaram ameaçar com tabelas curtas, mas pararam nas rígidas linhas de marcação do Brasil, que não deram chance de reação ao time de Tata Martino – foi a primeira derrota do técnico no comando da Argentina.
Terra