A polêmica em torno da divisão dos ingressos para o confronto entre Botafogo-PB e Flamengo, pela terceira fase da Copa do Brasil, ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (17). Após anunciar que 40% da capacidade do Estádio Almeidão será destinada à torcida visitante, a SAF do Botafogo-PB justificou a medida alegando que a decisão teria sido tomada com base em orientações da Polícia Militar da Paraíba. No entanto, o comandante-geral da corporação, coronel Sérgio Fonseca, negou qualquer responsabilidade sobre a definição do percentual.
Muitos torcedores do Belo consideraram o espaço destinado à torcida rubro-negra como excessivo e chegaram a cancelar uma festa planejada para o jogo, marcado para o próximo dia 30 de abril.
Diante da reação, o investidor da SAF Botafogo-PB, Fillipe Félix, afirmou que a decisão não partiu apenas da diretoria do clube e que a SAF “não tem o poder de decidir sobre o evento”, uma vez que o Almeidão é um estádio público. Segundo ele, as alternativas consideradas pela diretoria esbarraram em normas estabelecidas pelos órgãos de segurança e pelo Corpo de Bombeiros.
“A SAF sempre estará com a torcida, mas não tem como quebrar regras e leis do Estado”, declarou em nota.
O posicionamento, no entanto, foi confrontado pelo comandante Sérgio Fonseca. Em entrevista à rádio Correio FM, ele afirmou que a corporação não participou da definição da divisão dos setores.
“Em relação ao quantitativo de carga, isso não passa pela decisão da Polícia Militar. A PM apresenta suas ponderações e o time de futebol vê a viabilidade”, esclareceu.
Apesar da controvérsia, a divisão de espaços está mantida: a torcida do Flamengo ficará no setor “Sol” do Almeidão, enquanto os torcedores do Belo ocuparão os setores de “Sombra” e “Cadeiras”.
PB Agora