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Alessandro supera críticas e renasce no Timão: ‘Gosto de ser Guerreiro’

Depois de ficar surpreso e chateado com protesto da Fiel, lateral faz jus ao apelido e se torna fundamental nesta reta final de Brasileirão

 

Quinze de outubro de 2010. Na porta do CT Joaquim Grava, a torcida do Corinthians protesta contra a má fase da equipe no Brasileirão, afinal, naquele momento, o time enfrentava um jejum de seis jogos sem vitória. Em meio aos principais alvos, um nome chamou a atenção. Na verdade causou surpresa. Um dos líderes do elenco, Alessandro foi colocado no mesmo saco dos contestados Souza, Moacir e Danilo. Chateado, o lateral-direito resolveu então mostrar em campo que a Fiel estava errada. Recuperado de uma lesão muscular na coxa direita, sentida na derrota para o Vasco, no dia 13 de outubro, ele voltou a se destacar sob o comando de Tite. Mais do que isso, o lateral fez jus ao apelido que recebeu no clube: Guerreiro.

– É claro que fiquei surpreso quando vi meu nome no protesto. Mas tive de entender que o torcedor estava chateado naquele momento, assim como nós, e sempre há uma direção. Coube a mim, então, assimilar as cobranças, e o respaldo do elenco e da diretoria foi importante para continuar mostrando meu melhor. Jamais pensei em sair do Corinthians por conta daquilo, nunca passou pela minha cabeça. Fiquei chateado, sim, mas foi algo que já passou e não deixou marcas. Estou confiante para continuar jogando – declarou o lateral-direito do Timão.

A boa fase de Alessandro pode ser verificada por suas notas no Troféu Armando Nogueira. Sua média no Campeonato Brasileiro é 5,5. Considerando-se apenas os jogos sob o comando de Tite, o número sobe para 6,2. O líder no ranking da lateral direita na competição, o gremista Gabriel, tem 6,1.

Alessandro foi contratado pelo Corinthians em 2008, ano em que o clube disputou a Série B do Campeonato Brasileiro. Rapidamente, tornou-se um dos símbolos daquele período de redenção. Oscilou em alguns momentos, é verdade, mas sempre contou com o apoio do técnico Mano Menezes – até por conta do seu físico privilegiado e sua disciplina tática. Não à toa, em 2009 foi um dos principais jogadores nas conquistas do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil.

Nessa época, Alessandro já tinha o rótulo de Guerreiro. Todos no elenco o chamam assim e a torcida também o reconhece dessa maneira. É algo de que ele gosta, algo que o deixa lisonjeado, um apelido que já virou sobrenome.
 

– Gosto muito de ser chamado de Guerreiro. Isso é muito do Corinthians. Muitos jogadores que já passaram aqui foram considerados guerreiros, e eu fico lisonjeado, sem dúvida, de ter esse apelido aqui – comentou o camisa 2.

Para a torcida do Corinthians, um jogador precisa ter raça antes mesmo de ser um craque. Alessandro, por exemplo, não é craque. Longe disso. Mas o lateral-direito compensa muito bem com a raça. É um dos que mais correm nos jogos. Defende e apoia o ataque quase que na mesma intensidade. E nos últimos jogos isso tem dado resultado. Contra Avaí e São Paulo, Alessandro foi fundamental em suas investidas no ataque. Deu uma bela assistência para Elias na goleada sobre os catarinenses e outra a Dentinho no clássico com o Tricolor.

– Eu sou muito identificado com o Corinthians. Até porque eu cheguei em um momento difícil, na Série B. E quando você ajuda a levar um time de volta à Série A é diferente. Ainda mais que no ano seguinte nós conquistamos mais dois títulos e agora estamos novamente brigando para ser campeões – falou o Guerreiro.
 

Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Grêmio e Santos. A lista de grandes clubes defendidos por Alessandro é grande. Mas em nenhum deles ele teve tanta vontade de brilhar como no Corinthians. A camisa alvinegra o faz ter mais dedicação.

– Quando você se identifica mais, naturalmente se doa mais. Em muitos clubes por que passei, não tive vontade de ficar. Eu gosto do ambiente do Corinthians, dos funcionários, de todos os amigos que fiz aqui. É um clube que eu quero ficar ainda por muitos e muitos anos – finalizou o lateral alvinegro.

Alessandro tem contrato com o Corinthians até dezembro de 2011. Em quase três anos de clube, ele fez 125 jogos e marcou dois gols.
 

 

Globo Esporte

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